Os professores das universidades federais, institutos federais e centros federal de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (15). Em Mato Grosso do Sul, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o polos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).
Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na última Mesa Setorial Permanente de Negociação, ocorrida quinta-feira (11).
O IFMS está enfrentando uma greve que afetou significativamente as atividades acadêmicas e administrativas em seus diversos campi.
Aquidauana: Aulas suspensas temporariamente, conforme o Comunicado 003/2024. Entre os dias 15 e 18 de abril, a Central de Relacionamento (Cerel) funcionará das 14h às 16h para serviços essenciais como a emissão de diplomas e processamento de históricos escolares, sujeitos à urgência comprovada. Contatos para essas solicitações podem ser feitos pelo e-mail cerel.aq@ifms.edu.br ou pelo telefone (67) 9 9923-5164.
Campo Grande: A suspensão das aulas afeta os cursos técnicos integrados, Engenharia Elétrica, Tecnologia em Sistemas para Internet, especializações e cursos de idiomas até 19 de abril. Outras atividades acadêmicas e administrativas essenciais continuam operantes. Mais detalhes estão disponíveis no Comunicado 003/2024. Informações adicionais pelo telefone (67) 9 9921-0497.
Corumbá: Todas as atividades acadêmicas e administrativas estão suspensas, exceto as ligadas à assistência estudantil e às atividades previstas em editais de ensino, pesquisa e extensão, conforme indica o Comunicado 002/2024. Contato pelos telefones (67) 2020-0214 e (67) 2020-0215.
Coxim: As atividades de docentes que não aderiram à greve estão mantidas, e os horários de aulas foram comunicados antecipadamente. Contato via WhatsApp no (67) 9 9936-8468.
Dourados: Aulas suspensas desde o dia 3, com exceção das do curso superior de Tecnologia em Jogos Digitais, geridas pelo coordenador do curso. A retomada das aulas do Centro de Idiomas foi anunciada para 9 de abril, conforme comunicado da direção-geral. Contatos pelo e-mail dirge.dr@ifms.edu.br ou telefone (67) 98164-2460.
Jardim: Aulas e atividades administrativas estão temporariamente interrompidas desde o dia 9 de abril, conforme o Comunicado 003/2024. Contato pelo telefone (67) 9 9675-1571.
Naviraí: Completa suspensão das aulas de 15 a 19 de abril, detalhada no Comunicado 002/2024. Contato via WhatsApp no (67) 3409-2500.
Nova Andradina: Aulas conduzidas por professores que não entraram em greve continuam, realizadas nas instalações da UFMS. Atividades vinculadas aos editais de ensino, pesquisa e extensão também prosseguem, assim como o transporte de estudantes e atividades na Casa do Estudante Universitário. Informações adicionais pelos telefones (67) 2020-6700 e (67) 2020-6770.
Ponta Porã: Aulas e atividades administrativas estão interrompidas desde o dia 3 de abril, segundo o Comunicado 001/2024. Contato pelo telefone (67) 99926-4758.
Três Lagoas: Com 80% dos servidores em greve, aulas e algumas atividades administrativas estão parcialmente suspensas desde o dia 8 de abril. Contato via WhatsApp no (67) 2020-0300.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta apresentada pelo governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658, para R$ 1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.
A proposta foi rejeitada em reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor, que também votaram pelo movimento paredista resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.
Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06% , a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. Também estão na pauta a revogação da portaria do Ministério da Educação 983/20, que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação) também estão em discussão.
O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado hoje (15) às 14h30, em reunião na sede da Andes, em Brasília, e, às 16h, o movimento paredista participará também de uma audiência pública, na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para debater as mobilizações e paralisações das servidoras e dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais.
Na terça-feira (16), até o dia 18 de abril, o movimento dará início a Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Está previsto ainda a realização de uma semana de atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril.
Em nota, o Ministério da Gestão informou que além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também foi assumido o compromisso de abrir, até o mês de julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.
De acordo com o órgão, já há dez mesas tratando de reajustes para a educação com acordos consensualizados e oito estão em andamento. Além disso, foi criado um grupo de trabalho para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). “O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra da Educação, Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.”
A nota conclui que a Pasta da Gestão segue aberta ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas, “mas não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias.”