
Seis trabalhadores foram resgatados em situação análoga à de escravidão, em uma fazenda de Laguna Carapã (MS). De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPT-MS), as vítimas eram expostas a situações insalubres, como viver em um barraco de madeira sem condições ideais de alojamento e tomavam banho de caneca em um tanque quebrado.
O resgate foi realizado por procurados do MPT-MS e policiais militares ambientais no dia 25 de julho. Porém, a situação só foi divulgada pelo órgão de fiscalização nesta terça-feira (15). Entre os trabalhadores explorados estavam três paraguaios e três brasileiros.
Os trabalhadores eram expostos à condições degradantes e não tinham registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). As autoridades identificaram uma série de violações que afrontam vários direitos trabalhistas e cíveis. Os trabalhadores eram mantidos no serviço análogo à escravidão na lida da extração de madeira, atividade altamente perigosa realizada na propriedade.
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Trabalhadores tinham que ir ao mato para fazerem necessidades fisiológicas. — Foto: MPT-MS/Reprodução
Em inspeção, o MPT-MS apontou a falta de instalações sanitárias e de refeitório no local de trabalho, alojamento precário, ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), considerando o alto risco de acidentes no uso cotidiano de motosserras e de veículos pesados, além da inexistência de materiais de primeiros socorros.
O g1 não conseguiu contato com os proprietários da Fazenda Santa Teresa.
Vulnerabilidade
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Sem nenhum equipamento de segurança, trabalhadores atuavam na poda de eucaliptos. — Foto: MPT-MS/Reprodução