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Sábado, 23 de novembro de 2024

O governador da Califórnia, se manteve no cargo depois de passar por uma votação de recall na 3ª feira

Às 4h25 (horário de Brasília), com 68% dos votos apurados, ele tem 64,7% de apoio para continuar no cargo, contra 35,3% de rejeição.

15 de set 2021 - 08h:14 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Assessoria

Às 4h25 (horário de Brasília), com 68% dos votos apurados, ele tem 64,7% de apoio para continuar no cargo, contra 35,3% de rejeição. Segundo projeções dos principais canais de televisão dos EUA, o resultado já é suficiente para que Newsom se mantenha no poder.

O resultado final levará alguns dias para sair, pois as cédulas que chegarem pelo correio até 3 dias depois da data do pleito —que tenham sido postadas até o dia da eleição— devem ser contadas. A eleição ainda precisa ser certificada, processo que ocorrerá só em outubro.


Incomodados com as políticas do democrata –em especial em temas como de imigração, combate à pandemia de covid-19 e criminalidade–, republicanos fizeram uma forte campanha para destituir Newsom do poder.

O governador, que está no seu 1º mandato, vem enfrentado uma série de desafios no governo do Estado. Além da pandemia, a Califórnia passa por forte estiagem e incêndios florestais têm devastado regiões.

A presença em peso dos democratas nas urnas fez com que Newsom superasse com larga vantagem os republicanos e vencesse o recall. O percentual de pessoas que votaram ainda não foi divulgado, mas a expectativa é de que seja alto, repetindo o que aconteceu no pleito presidencial de 2020, quando 70,8% dos eleitores aptos participaram. O índice foi o maior desde 1952.

Os eleitores disseram sim à ciência, à vacina, ao direito de votar sem medo, à diversidade, à inclusão e aos direitos das mulheres”, disse Newsom em seu discurso de vitória.

Com o resultado, ele poderá se manter no cargo até o começo de 2023, quando acaba o seu mandato. Depois, pode tentar a reeleição.

A vitória faz com que Newsom mantenha o poder de nomear um novo senador para a Califórnia caso uma das vagas do Estado fique em aberto. Esse ponto foi relevante para esquentar a disputa. Hoje, o Senado californiano é formado por 50 democratas e 50 republicanos, sendo que o desempate cabe à vice-presidente, Kamala Harris. Se um republicano assumisse o governo do Estado, ele escolheria um nome do partido e garantiria maioria.

Só 1 governador da Califórnia já perdeu o cargo em recall. Em 2003, o democrata Gray Davis deu lugar ao republicano Arnold Schwarzenegger. O ator foi reeleito em 2006 e permaneceu no poder até 2011. Desde então, Schwarzenegger não disputou cargos políticos.

Instituído em 1911, o recall da Califórnia procura garantir maior controle sobre quem ocupa o Executivo estadual. O formato convoca os eleitores a decidirem sobre a permanência dos governantes estaduais já eleitos. Os líderes podem perder o direito de exercer o cargo caso assim decida a maioria.

Apesar de mais de 80 políticos terem anunciado que concorreriam à eleição, apenas 46 oficializaram a tentativa de substituir Newsom. A maior parte pertence ao Partido Republicano, já que os democratas pressionaram para que os colegas abandonassem a disputa em sinal de apoio ao governador.

As cédulas perguntam: “o governador deve ser reconvocado? Em caso afirmativo, quem deve ser o novo governador?”. Caso a maioria votasse para que o atual mandatário deixasse o cargo, o novo escolhido preencheria o lugar em 2022, último ano do mandato do democrata.

As medidas adotadas por Newsom durante a pandemia, a frustração com as restrições na Califórnia e a imagem do governador em um jantar no restaurante French Laundry –um dos mais caros da região –, em novembro do ano passado, impulsionaram a narrativa dos opositores pela substituição.

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