O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pode tirar verbas de áreas como a saúde e a educação caso o Congresso Nacional derrube o veto dele ao projeto de distribuição gratuita de absorventes. A declaração foi feita durante a live desta quinta-feira (14).
"Nada tem distribuição gratuita. Teve um projeto, sim, para distribuir absorventes para mulheres pobres, estudantes e outras aí do sistema prisional. Mas, quando chega na minha mesa, tenho que seguir as diretrizes dos ministérios. Qualquer projeto que crie despesa tem que apresentar de onde vem o dinheiro. É só o Parlamento derrubar o meu veto que a gente vai arranjar recursos, nos ministérios da Saúde, da Educação ou dos dois", disse.
A polêmica vem da lei que institui o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que Bolsonaro sancionou, mas vetou o principal ponto, que previa a distribuição gratuita de absorventes a estudantes de baixa renda de escolas públicas, mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social, detentas e adolescentes apreendidas que cumprem medidas socioeducativas.
"No passado, Dilma e Lula vetaram projetos semelhantes. Haddad já vetou a distribuição gratuita de absorventes. Eu fui ver o motivo e foi o mesmo que o meu", declarou. O projeto determinava que as despesas da distribuição seriam providas por dotações orçamentárias disponibilizadas pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS).