
À medida que os casos de coronavírus aumentam em todo o Japão e em vários grandes países da Europa e das Américas, as autoridades de Tóquio e do Comitê Olímpico Internacional começaram a reconhecer que a realização de jogos seguros pode não ser possível, pondo em risco os sonhos de que as Olimpíadas poderiam servir como uma celebração global do fim da pandemia.
Em vez disso, o COI pode ser forçado a cancelar as Olimpíadas pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
Isso seria um grande golpe financeiro para a organização olímpica e para o Japão, que gastou mais de U$ 12 bilhões construindo estádios e melhorando sua infraestrutura para se preparar para os Jogos, e outros bilhões para atrasar o evento por um ano.
Durante semanas, autoridades japonesas e olímpicas insistiram que os Jogos seguiriam em frente e que não era possível adiar mais.
Os organizadores têm tentado traçar planos para realizar os Jogos de uma maneira aceitável para o público japonês, anunciando uma série de medidas de segurança.
Thomas Bach, presidente do COI, disse que adiar os Jogos novamente não é uma opção e que, se o evento não puder acontecer neste verão, não acontecerá de jeito nenhum.
Toshiro Muto, presidente-executivo do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, reafirmou essa posição esta semana. O COI já atribuiu os Jogos de Verão de 2024 a Paris e os Jogos de Verão de 2028 a Los Angeles.
Seiko Hashimoto, o ministro das Olimpíadas para o Japão, disse a repórteres na terça-feira que os organizadores estavam examinando “medidas anti-infecção abrangentes, incluindo exames necessários e gerenciamento de rastreamento para que possamos realizar Jogos seguros e protegidos sem vacinação como pré-condição”.