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Segunda, 09 de junho de 2025

Forças armadas tomaram Mianmar e militares estão matando manifestantes pacíficos

Várias crianças morreram também

16 de mar 2021 - 15h:17 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

Há mais de um mês manifestantes estão indo diariamente às ruas de diversas cidades de Mianmar, nos Estados Unidos, desde que as forças armadas tomaram o poder no dia 1º de fevereiro.  

Sob o comando do General Min Aung Hlaing, policiais e militares vêm trabalhando em uma repressão em todo o país, mostrado um aumento na brutalidade no confronto com os manifestantes, o que inclui atirar em manifestações pacíficas e encobertar desaparecidos.  

Foram ao menos 138 pessoas, incluindo crianças, que morreram desde o golpe.

Mais de 2.100 pessoas, incluindo jornalistas, manifestantes, ativistas, oficiais do governo, sindicalistas, escritores, estudantes e civis foram detidos no meio da noite.

Ativistas acreditam que o número de vítimas fatais sejam maiores. 

Desde que tomou o poder, Min Aung Hlaing deteve líderes eleitos democraticamente, incluindo a líder civil Aung San Suu Kyi, que derrubou o governo da Liga Nacional para a Democracia e estabeleceu uma junta governante chamada Conselho de Administração Estatal.  

O general declarou o país em estado de emergência por um ano e que após esse período uma eleição seria realizada.

A justificativa para militares tomarem o poder foi alegando uma fraude eleitoral durante as eleições de novembro de 2020, que deu ao partido de Suu Kyi, da oposição, mais uma vitória.

Analistas dizem que o golpe foi menos sobre fraudes eleitorais e mais sobre o desejo dos militares continuarem no poder

As manifestações estão ocorrendo por conta da liberação do poder Suu Kyi e para devolver o poder nas mãos dos civis e de outro lideres.  

As greves interromperam serviços de saúde, bancos, ferrovias e serviços administrativos. Caminhoneiros estão em greve, agentes alfandegários e bancários e trabalhadores portuários paralisaram o comércio internacional.

Nas últimas semanas, os militares intensificaram suas ações contra os protestos. Filmagens e imagens nas redes sociais mostram corpos deitados em poças de sangue nas ruas e jovens manifestantes vestidos com capacetes de plástico frágeis agachados na tentativa de se protegerem de balas da polícia atrás de escudos improvisados.

Os militares estão usando armas cada vez mais letais e com isso eles estão passando dos limites, pois a manifestação é pacifica.

Por conta de apagão que estão acontecendo, as forças armadas estão indo de porta em porta tirar as pessoas de suas casas e as levam muitas vezes para longe dos familiares e os seus paradeiros são desconhecidos.

A licença de cinco veículos de comunicação foram suspensos e jornalistas presos.

Manifestantes, ativistas e civis pediram à comunidade internacional que intervenha e proteja o povo dos ataques militares.  

Vários governos em todo o mundo condenaram o golpe, enquanto os EUA e o Reino Unido impuseram sanções aos líderes militares de Mianmar.  

A União Europeia também disse que vai introduzir sanções específicas que podem ser expandidas para incluir empresas ligadas aos militares.  


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