
Foi publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul desta quarta-feira (16), que o servidor Gabriel dos Santos Meireles foi dispensado do seu cargo de chefe no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).
A decisão foi tomada após o deputado Coronel David solicitar formalmente a exoneração de Gabriel do cargo.
O pedido feito na última terça-feira (15), foi devido a um comentário feito por Gabriel nas redes sociais sobre o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro, após uma cirurgia recente.
Na situação, Meirelles escreveu “Morra, capitão”, gerando revolta e fortes reações entre apoiadores do ex-presidente e autoridades políticas.
“Esse servidor, de nome Gabriel Meireles, fez uma publicação extremamente ofensiva desejando a morte do presidente Jair Bolsonaro. Não é o tipo de comportamento que se espera de um servidor público. Lamento profundamente que um representante do povo use as redes sociais para esse tipo de ataque”, afirmou Coronel David.
Desta forma, o pedido foi enviado ao secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, para que fosse avaliada a permanência ou não de Meireles no cargo.
Ainda segundo o parlamentar, a indicação ao cargo de chefe do Detran-MS foi feita a Meireles na gestão municipal anterior, por meio de articulação política de um parlamentar federal do PT (Partido dos Trabalhadores). A permanência no cargo, segundo o Coronel, não condiz com a conduta ética exigida de agentes públicos.
“Esse tipo de atitude, além de desumana, é incompatível com o serviço público. Solicitei que a permanência desse servidor fosse reavaliada com urgência”, completou.
Por fim, Coronel David também criticou a fala do deputado Zeca do PT, que chamou o ex-presidente de “anticristo” e que não acredita na facada de 2018, colocando em dúvida a tentativa de homicídio contra Bolsonaro.
“Lamento profundamente, deputado Zeca, que Vossa Excelência questione a gravidade de uma facada. Convido o senhor a visitar o presidente Bolsonaro comigo, para ver com seus próprios olhos a cicatriz dessa tentativa de assassinato”, disse o deputado.
Bolsonaro passou por nova cirurgia
Em coletiva na última segunda-feira (14) com a equipe médica, o cardiologista Leandro Echenique disse que a cirurgia do ex-presidente foi “extremamente complexa e delicada”, com um total de 12 horas de operação.
No entanto, ressaltou que o resultado foi “excelente”. Echenique afirmou que a cirurgia foi a mais complexa entre os procedimentos feitos por Bolsonaro desde a facada que sofreu em 2018 durante a campanha eleitoral.
O ex-presidente passou pela operação no domingo (13) após passar mal no Rio Grande do Norte para tratar uma suboclusão intestinal, causada pela obstrução parcial do intestino. A causa da obstrução teria sido pela formação de aderências que surgiram após várias cirurgias feitas por conta da facada.