Juntar as escovas de dente é uma decisão que precisa ser feita com cuidado para não estragar a relação. Saiba o que fazer para morar junto e não ter problemas.
Quando o relacionamento está dando certo, chega a hora de dar um passo à frente. Por isso, muitos casais optam por morarem juntos antes do casamento – às vezes, sem o objetivo de formalizar legalmente a união.
No entanto, a decisão de juntar as escovas de dente pode trazer transtornos para os “namoridos” se não for bem planejada. Por isso, separamos 10 dicas para quem pretende começar a morar junto com o parceiro não ter uma experiência caótica – e que estragará o relacionamento. Confira:
1. Nem tudo é conchinha
Sabe aquela sensação gostosa de dormir nos braços da pessoa amada? Até existe quem espera que ela acontecerá todas as noites, mas não é bem assim. Algumas vezes, um lado vai preferir apenas se enrolar no edredom, cobrir a cabeça e descansar.
Nem tudo será aquele amor adolescente de abraços aconchegantes. E, caso seja, pode impactar nos outros setores da vida de cada um. Portanto, o ideal é tirar essa expectativa irreal da sua cabeça.
2. Divida as tarefas domésticas
Parece bobagem, mas não é. Segundo o IBGE, mulheres dedicam o dobro de tempo às tarefas domésticas. Já os homens não costumam dar tanta atenção a elas, o que costuma gerar desgastes em muitos casais. Afinal, é inviável que o relacionamento se sustente quando apenas uma parte se empenha em garantir limpeza, organização e conforto ao lar.
Caso alguém não saiba como gerenciar a casa, o ideal é conversar. Seja para pedir orientação na execução de tarefas ou fazer uma separação que se encaixe às rotinas de ambos. Neste quesito, o importante é haver parceria e auxílio mútuo.
3. Defina a divisão de pagamentos
Para dividir o mesmo teto, o casal precisa entrar em acordo sobre como será feita a divisão dos pagamentos. Apesar de ser um tema incômodo, ele é um dos alicerces de qualquer relacionamento saudável. Portanto, não fazê-lo só trará desgastes.
Claro, as conversas às vezes serão difíceis. Segundo pesquisa do SPC Brasil, 46% dos casais brigaram por questões financeiras. Entre os principais motivos estão gastos além das condições financeiras (38%), não guardar dinheiro (27%), divergências sobre como investir (25%) e atraso no pagamento de contas (25%).
Seja com o uso de planilha ou de aplicativo para dividir contas, deve-se definir quem será responsável por cada pagamento. Claro, é necessário levar em conta a situação financeira do outro, avaliando salário, dívidas e outros gastos. Desta forma, ninguém será pego de surpresa.
4. Crie um orçamento doméstico
Trata-se de um ponto diretamente ligado ao anterior. Conversar sobre dinheiro é uma solução prática para definir quais investimentos serão feitos e evitar gastos desnecessários – além de desentendimentos.
Segundo estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e o Banco Central do Brasil (BCB), este tipo de conversa é cada vez mais frequente. Só 15% dos entrevistados nunca o fazem, enquanto 21% costumam falar sobre a questão só quando a situação aperta.
Por isso, o ideal é fazer o mesmo que 51% dos respondentes desta pesquisa: sempre conversar sobre o orçamento. Isso evitará desgastes, além de trazer estabilidade à rotina.
Neste ponto, é importante definir quais são as despesas fixas da residência. Por exemplo, aluguel, condomínio, conta de luz, água e supermercado. Em seguida, quanto poderá ser investido em educação, entretenimento e despesas semelhantes.
Não esqueça de adicionar uma reserva de emergência neste orçamento. Afinal, nunca se sabe quando imprevistos acontecerão e guardar dinheiro é essencial. Especialistas recomendam que este valor guardado seja equivalente a três salários.
5. Fique de olho nos procedimentos jurídicos
Há quem diga que casamento e união estável são coisas que não são feitas só por amor, mas também por questões jurídicas. Independentemente de qual seja a sua opinião sobre o tema, é crucial que você se antene no que a lei diz sobre relacionamentos afetivos.
Lembre-se: a legislação entende como casamento a união perante o Estado e a sociedade, sendo um núcleo familiar de comum acordo que é registrado em cartório. Já a união estável não depende de tempo de relacionamento, precisando somente provar o vínculo através de contratos, testemunhas e outros comprovantes.
E não pense que este é o único ponto que deve ser uma preocupação no âmbito jurídico. Deve-se conversar sobre possíveis pendências na justiça, como processos em tramitação e que podem respingar no parceiro. Por isso, é imprescindível conversar sobre o assunto e procurar orientação jurídica.
6. Compartilhe as suas decisões
Numa intimidade compartilhada, o casal precisa ser bem claro. Comunicação é a palavra-chave para o relacionamento dar certo. Todos os tópicos precisam ser conversados, sejam eles simples ou sérios.
Tenha em mente que as principais decisões precisarão ser tomadas em conjunto. Seja a vontade de jantar fora ou cozinhar quanto até o que será comprado para investir na casa. Morar junto também é sobre conciliar os desejos de ambos, evitando a tomada de atitudes desagradáveis.
7. Respeite a individualidade do parceiro
Morar junto não significa que o casal precisará fazer tudo juntos. Por exemplo, nem sempre os dois querem assistir ao mesmo filme ou fazer algo – e tá tudo bem! Cada um precisa ter a própria individualidade, com os próprios hobbys e amigos. Por isso, o respeito é a base de qualquer relação sólida.
Independentemente do formato de relacionamento, todos os envolvidos precisam se habituar com a rotina do outro. Existe hora para cuidar das próprias vontades, o que é essencial para o sucesso do casal. Compreensão, neste caso, é primordial.
Claro, isso não significa deixar as experiências em conjunto de lado. Vocês continuarão saindo para jantar, ir ao cinema ou conhecer lugares novos. O ponto é que contar só com a companhia um do outro pode gerar desgastes.
8. Atenção para a rotina sexual
Há quem diga que a paixão dura, em média, dois anos. Isso pode ter impacto na vida sexual do casal e gerar desgastes. Afinal, nem todos continuarão fazendo sexo com a mesma frequência que o começo do relacionamento.
Isso é normal, já que outros lados da vida podem consumir mais tempo de ambos. Seja a vida profissional, estudos e outros compromissos, estes aspectos podem contribuir para a rotina sexual ser diferente.
No entanto, é importante conversar com o parceiro sobre o assunto para evitar desalinhamentos. E, é claro, se esforçar para ter uma vida sexual que agrade ambos os lados.
Vale ressaltar que sexo não é tudo no relacionamento. Portanto, não adianta pensar só na atividade sexual e negligenciar outros departamentos – isso provavelmente causará problemas sérios.
9. Planeje seu primeiro imóvel
Quem não sonha com a casa própria? Se o seu objetivo é morar no mesmo teto que a pessoa amada, deve-se planejar o imóvel onde este passo será dado. Independentemente de ser um espaço alugado ou comprado, é necessário criar um planejamento – principalmente para progredir ainda mais na relação.
Por isso, alguns fatores precisam ser considerados. Os principais são a localização, tamanho, mobília, decoração e até características ideais. Isso ajudará na busca pelo lar ideal às necessidades, que não costuma ser fácil.
Quando esta busca é feita com pressa, a possibilidade de fazer um negócio ruim é enorme. Portanto, o ideal é ir com calma enquanto todas as opções são estudadas e visitadas.
Caso o objetivo seja ter um imóvel próprio, não se pode esquecer do já citado planejamento financeiro. Ele precisará ser feito de maneira ainda melhor estruturado, oferecendo todas as garantias de longo prazo para a empreitada dar certo.
10. Se planeje para o futuro
Para concluir, a principal dica para o sucesso de “namoridos” é sempre ter um planejamento para o futuro. Afinal, esta etapa é só o início de uma vida compartilhada e sempre existe história depois do “Felizes Para Sempre”.
Desta forma, é necessário alinhar constantemente quais são os planos para o futuro do casal. Assim, ambos saberão se concordam com o que o outro está pensando para os próximos anos e adaptar expectativas.
Questões como os rumos profissionais, adoção de animais de estimação, mudança de cidade ou país, ter filhos e até formalizar a união como casamento são só algumas que precisam fazer parte desta conversa. Afinal, tudo influenciará a rotina e o futuro de ambos e, por isso, uma relação baseada em diálogo e respeito pelos sonhos de ambos é essencial.
Gostou destas dicas? Agora é hora de sentar com o seu parceiro e já começar a pensar neste próximo passo da relação de vocês. Boa sorte!