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Domingo, 08 de junho de 2025

Por unanimidade, ministros decidem que Trutis será julgado por atentado fake

Deputado de MS responderá na Justiça por mobilizar a PF para investigar falso atentado a tiros

16 de ago 2022 - 09h:21 Créditos: Campo Grande News
Crédito: CidNogueira/ReproduçãoFacebook

Todos os 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram que o deputado federal bolsonarista, Loester Carlos, o Trutis (PL-MS) terá de responder na Justiça por mobilizar a PF para investigar "atentado fake", em fevereiro de 2020. A votação parcial desta tarde - quando cinco ministros haviam votado a favor da continuidade do processo - , já era suficiente para encaminhar Trutis ao banco dos réus. 

No começo desta noite, contudo, os ministros Luiz Fux, André Mendonça, Nunes Marques, Roberto Barroso e Gilmar Mendes, também seguiram o parecer da ministra Rosa Weber e deram parecer favorável ao julgamento. A PGR (Procuradoria Geral da República) denunciou o parlamentar por falsa comunicação de crime, porte ilegal e disparo de arma de fogo, em outubro do ano passado, após a longa investigação da PF, acompanhada pela Suprema Corte, uma vez que Trutis tem foro privilegiado.

No dia 5 deste mês, o STF começou a julgar o pedido da acusação e a ministra Rosa Weber, responsável por acompanhar todo o inquérito, votou pelo recebimento da denúncia. O julgamento virtual, que começou no dia 5 de agosto, terminou no final desta tarde com os 11 ministros, dando aval para o parlamentar responder às acusações na Justiça.

"Atentado fake" - A suposta emboscada para matar Trutis, da qual ele só teria saído vivo porque se abaixou dentro do carro onde estava e revidou, “aconteceu” no dia 16 de fevereiro de 2020. Naquele domingo, o deputado publicou no Facebook, por volta das 9h, que ele e sua equipe haviam sofrido um ataque a tiros a caminho de Sidrolândia – distante 70 km de Campo Grande.

“O carro em que estavam foi alvejado por, no mínimo, 5 disparos”, dizia a nota divulgada em rede social de Trutis naquele domingo. Rastreador do carro, câmeras espalhadas pela BR-060, perícia e exaustiva investigação levaram a Polícia Federal a descobrir, contudo, que a suposta emboscada era uma farsa ou, como classificaram os investigadores, uma “tragicomédia com dois atores”: o deputado e seu motorista, Ciro Fidélis. O assessor sustentou a narrativa do chefe ao longo do inquérito policial. 

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