Semana que vem em Campo Grande, Mato Grosso do Sul irá começar as aplicações do teste da vacina contra o coronavírus.
O lote de vacinas produzidas pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan – SP e logo em seguida imunização aos voluntários já cadastrados começará a ser aplicada.
Segundo a pesquisadora, Ana Lúcia Lyrio, com a chegada da vacina, os profissionais vão organizar o centro de atendimento, que será localizado no Hospital Dia, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
“Na segunda mesmo a gente já começa o cadastro pelo aplicativo para iniciar os testes. Na próxima semana começa com certeza a aplicação, talvez na quarta-feira”.
A realização da vacina será composta por uma equipe de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnico laboratorial e farmacêuticos ao total são aproximadamente 20 pessoas. Todos eles são do estado de MS.
Mil voluntários irão receber a vacina, devem ser profissionais da saúde, com a faixa etária de 18 a 59 anos. São aceitos quem já contraiu o vírus da covid-19, porém eles não podem ter comorbidade.
Nesta fase de testes, serão aplicadas duas doses da Coronavac. Após a primeira vacinação todos os voluntários serão monitorados.
As pessoas que perceberem qualquer reação, como por exemplo, febre, irão ligar para um número de telefone especifico que ficará a disposição 24 horas.
“O voluntário retorna depois de duas semanas, 14 dias, para a segunda dose. Além de aplicar a vacina, nós vamos colher o sangue para ver como está a resposta do organismo”, detalha Lyrio.
Quando terminar as aplicações eles continuaram sendo monitorados por um ano, para ser analisado o tempo da eficácia da vacina e o comportamento dos anticorpos.
“A gente precisa saber se essa vai ser uma vacina para sempre, ou se ela vai ter que ter um reforço depois de um ano ou dois. É isso que vai ser acompanhado, para ver qual o número de anticorpos e como ele vai se comportar durante esse ano”.
“Quando a gente faz uma pesquisa dessa, faz com um número de pessoas que é necessário para significar se o produto funciona ou não. Esses centros não conseguiram atingir nem a metade dos testes desde julho” explica a pesquisadora.
“O que interessa para gente é o resultado, somar todas essas pessoas do Brasil inteiro, e que tenha realmente um significado. O que a gente busca é que ela funcione e que seja segura, para então começar a comercialização, ano que vem”, relata Lyrio.
O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Rezende, explica que a secretaria em parceria com o Butantan vai conversar com o Ministério da Saúde para comprar um quantitativo suficiente para a população, caso a vacina seja a primeira com eficiência comprovada.