Crédito: Divulgação A gigante suíça do setor alimentício Nestlé decidiu cortar 16 mil empregos em todo o mundo, como parte de seus esforços para reduzir custos e recuperar seu desempenho financeiro. A fabricante das bebidas Nescafé e dos alimentos para animais Purina, entre outros, anunciou nesta quinta-feira, 16, que os cortes de empregos ocorrerão nos próximos dois anos.
A empresa também informou que aumentou a meta de corte de custos para 3 bilhões de francos suíços (US$ 3,76 bilhões) até o final do próximo ano, acima dos 2,5 bilhões de francos suíços (US$ 3,13 bilhões) planejados.
Foi um ano turbulento para a empresa sediada em Vevey, na Suíça. No mês passado, a Nestlé demitiu seu CEO, Laurent Freixe, após uma investigação sobre um relacionamento não divulgado com uma subordinada direta. Freixe estava no cargo havia apenas um ano. Ele foi substituído por Philipp Navratil, um executivo de longa data da companhia. Pouco depois da demissão de Freixe, o presidente Paul Bulcke renunciou ao cargo antes do tempo.
A Nestlé também está enfrentando dificuldades externas, como outras fabricantes de alimentos, incluindo o aumento dos custos das commodities e o impacto negativo das tarifas dos Estados Unidos. A empresa disse em julho que compensou os custos mais altos relacionados ao café e ao cacau com aumentos de preços.
Nesta quinta-feira, a empresa disse que eliminará 12 mil cargos administrativos em vários locais. A redução de empregos deve gerar uma economia anual de 1 bilhão de francos suíços (US$ 1,25 bilhão) até o final do próximo ano.
A empresa também cortará 4 mil empregos como parte das iniciativas de produtividade em andamento em sua cadeia de produção e fornecimento. “O mundo está mudando, e a Nestlé precisa mudar mais rápido”, disse Navratil em comunicado./AP
