Equipes do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriram mandados de busca e apreensão na Secretaria de Fazenda e nos Departamento de Licitação e de Engenharia na Prefeitura de Amambai, nesta quinta-feira (16), durante a Operação Laços Ocultos.
De acordo com nota divulgada pelo gabinete do prefeito Edinaldo Bandeira, o Dr. Bandeira (PSDB), o Paço Municipal teve de ser fechado para que houvesse inspeção dos documentos e computadores, na investigação sobre supostas práticas ilícitas na contratação de empresas de engenharia.
“Ressalte-se que os servidores municipais imediatamente franquearam o acesso a todos os órgãos, documentação e inspeção em computadores, bem como prestaram as explicações solicitadas acerca dos trâmites burocráticos para a contratação com o Poder Público Municipal, a fim de prontamente elucidar e apurar as responsabilidades por eventuais delitos em detrimento do erário municipal”, diz a nota.
O documento também informa que não foi realizada nenhuma ação envolvendo o Dr. Bandeira, mas que este se colocou à disposição do Ministério Público Estadual para “possibilitar a regular apuração dos fatos, com a finalidade precípua de resguardar e bem gerir os recursos públicos, no seu mûnus de defender os interesses da população amambaiense”.
Ao todo, os promotores e agentes do GECOC e do Gaeco foram às ruas para cumprir seis mandados de prisão preventiva e 44 mandados de busca e apreensão nos municípios de Amambai, Campo Grande, Bela Vista, Naviraí e Itajaí (SC).
Conforme apurado por O Jacaré, além de Brito, que é pré-candidato a prefeito e ficou em segundo em pesquisa do Instituto Ranking, também foram cumpridos os mandados de prisão contra os empresários Jonathan Fraga de Lima, Joice Mara Estigarribia da Silva e Leticia de Carvalho Teoli Vitorasso.
O vereador Geverson Vicentim (PDT) e quatro secretários municipais da gestão de Edinaldo Bandeira, o Dr. Bandeira (PSDB), foram alvos da operação, cuja apuração teve início na 1ª Promotoria de Justiça em Amambai.
A investigação apura a existência de organização criminosa voltada para a prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos, e lavagem de dinheiro. Dentre os alvos estão dois vereadores, quatro secretários municipais, servidores públicos e empresários.
Confira a íntegra da nota da Prefeitura de Amambai:
A Prefeitura Municipal de Amambai informa que na manhã desta quinta- feira (16/11) recebeu na sede do paço municipal uma equipe do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), órgãos integrantes do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, no cumprimento de mandados de busca e apreensão, que foram realizados na Secretaria de Fazenda e nos Departamento de Licitação e de Engenharia, a fim de apurar supostas práticas ilícitas na contratação de empresas de engenharia.
Ressalte-se que os servidores municipais imediatamente franquearam o acesso a todos os órgãos, documentação e inspeção em computadores, bem como prestaram as explicações solicitadas acerca dos trâmites burocráticos para a contratação com o Poder Público Municipal, a fim de prontamente elucidar e apurar as responsabilidades por eventuais delitos em detrimento do erário municipal.
Importante salientar que não foi realizada nenhuma ação envolvendo o Prefeito Municipal, que somente teve ciência da situação ao ser informado de que a Prefeitura deveria permanecer fechada no transcorrer das diligências, colocando-se prontamente a disposição dos órgãos de fiscalização e controle para possibilitar a regular apuração dos fatos, com a finalidade precipua de resguardar e bem gerir os recursos públicos, no seu mûnus de defender os interesses da população amambaiense.
Gabinete do Prefeito, 16 de novembro de 2023.