A Rússia anunciou nesta terça-feira (17) que fará 'grandes mudanças' em suas Forças Armadas de 2023 a 2026, prometendo reformular sua estrutura militar após meses no campo de batalha contra a Ucrânia.
Além de reformas administrativas, o Ministério da Defesa russo disse que vai reforçar a capacidade de combate de suas forças navais, aeroespaciais e de mísseis estratégicos.
'Somente por meio do fortalecimento dos principais componentes estruturais das Forças Armadas é possível garantir a segurança militar do Estado e proteger novas entidades e instalações críticas da Federação Russa', disse o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, avaliou que as mudanças se tornaram necessárias pela 'guerra por procuração' que está sendo conduzida na Ucrânia pelo Ocidente, que tem enviado armamento cada vez mais pesado para a Ucrânia, para ajudá-la a resistir às forças russas.
O Ministério da Defesa russo, que enfrentou fortes críticas internas pela ineficácia de seu esforço para assumir o controle de grandes extensões da Ucrânia, prometeu, em dezembro, aumentar seu pessoal militar para 1,5 milhão.
Foram feitas numerosas mudanças em sua liderança nos 11 meses do que a Rússia chama de 'operação militar especial', na qual suas forças inicialmente capturaram grandes áreas do sul e leste da Ucrânia, mas, desde então, sofreram uma série de dolorosas derrotas e reveses.
Na semana passada, Shoigu nomeou o general do Exército Valery Gerasimov como chefe do Estado-Maior Militar, para assumir o comando da campanha contra a Ucrânia.
O Ministério da Defesa informou, na última sexta-feira (13), que havia assumido o controle de Soledar - uma pequena cidade mineradora de sal na região de Donetsk, na Ucrânia, que havia sido foco de um ataque russo durante semanas.