Esse foi o segundo encontro do grupo com a proposta de analisar os dados já levantados através do mapeamento da reserva, a divisão de tarefas entre os representantes dos órgãos envolvidos e a visita in loco que foi feita na Reserva Indígena de Dourados com o propósito de analisar como a comunidade tem sofrido com os impactos econômicos e sociais decorrentes da falta d’água.
O vice-governador Barbosinha esteve reunido, na sede do Escritório Regional da Sanesul no município, com a secretária-adjunta da Setescc (Secretaria estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), Viviane Luiza, o diretor Comercial e de Operações da Sanesul, Madson Valente, o subsecretário de Políticas Públicas para a População Indígena na Setescc, Fernando Souza, diretores da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e do DSEI (o Distrito Sanitário Especial Indígena), para alinhar as ações do GT (Grupo de Trabalho) criado com o objetivo de buscar alternativas que possam resolver a questão da falta d´água nas aldeias Jaguapiru e Bororó.
“Foi um encontro bastante produtivo, coletamos sugestões e opiniões dos técnicos que atuam diretamente nesse foco, tanto por parte da Sesai como do DSEI e o nosso pessoal, da Sanesul, que sempre é chamado para socorrer deficiências verificadas no sistema de abastecimento das aldeias. Nos debruçamos sobre mapas e croquis dos pontos mais críticos e surgiu, a partir dessa primeira reunião temática, a ideia de abraçar os problemas verificados não só em Dourados, mas em todas as áreas indígenas de Mato Grosso do Sul”, resumiu o vice-governador.
A conversa com as lideranças na Reserva de Dourados, por parte da equipe da Setescc, após o encontro na Regional da Sanesul, foi a continuação desse diálogo que o Governo do Estado vem construindo com o segmento. Depois de ouvir demandas levantadas pela comunidade das aldeias Jaguapiru e Bororó, a secretária-adjunta Viviane Luiza considera que é possível pontuar as principais necessidades, e encaminhar junto ao corpo técnico que integra o GT, “indicando que o que eles demandaram está sendo construído para que esse problema seja sanado dentro da Reserva como um todo”. Nova reunião já está agendada para o dia 9 de março, desta vez na sede da Sanesul, em Campo Grande.
A proposta do Grupo de Trabalho, obedecendo metas estabelecidas pelo governador Eduardo Riedel para reduzir os níveis de instabilidade social, principalmente entre os povos indígenas, surgiu do primeiro encontro realizado na sexta-feira (10) passada, com o presidente da Sanesul, Renato Marcílio, a adjunta da Setescc e técnicos do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) para analisar os problema da falta de água que se arrasta entre os habitantes das aldeias de Dourados, como relatou o subsecretário Fernando Souza, natural da Aldeia Jaguapiru. “Isso vem desde que eu era criança e andava por aqui procurando água. Já se vão quase 50 anos”, disse.
Para o vice-governador, que coordena o Grupo de Trabalho, a partir do encontro em que se definiram atribuições dos agentes públicos no debate em torno dessa problemática indígena, o Estado dá início na formatação de um programa abrangente de apoio às comunidades dos povos originários.
“A ideia é ampliar o debate, chegar ao Ministério Público Federal, ao Poder Público Municipal, mas, sobretudo, envolver as comunidades das aldeias indígenas, os principais beneficiários de toda e qualquer ação que o Governo venha a realizar para tentar amenizar esse drama secular”, concluiu Barbosinha.
Participaram diretamente da primeira agenda para definição de atribuições no Grupo de Trabalho coordenado pelo vice-governador, além da secretária-adjunta Viviane Luiza da Silva, o subsecretário de Políticas Indígenas da Setescc, Fernando de Souza; o coordenador do DSEI/MS, Elizeo Nero Silva, juntamente com os técnicos Rafael Ceccim e Gilmara Galache; o Diretor Comercial e Operacional Sanesul, Madson Valente, com o Gerente da Regional Dourados, Evandro Costa Soares e as engenheiras da companhia, Maria de Lourdes Tapparo e Thayla Carolina.
Clóvis Oliveira, Luciana Bomfim e Jaqueline Tente