Os caminhoneiros entraram hoje (17) no quarto dia de bloqueio de estradas contra a alta dos combustíveis no Paraguai, país que tem pelo menos 600 quilômetros de fronteira com Mato Grosso do Sul. Nem mesmo a promessa de redução do preço anunciada pela Petropar, a estatal de petróleo paraguaia, foi suficiente para encerrar os protestos.
Estradas estão bloqueadas desde segunda-feira (14) em vários pontos do país, inclusive na linha internacional com Mato Grosso do Sul. Rodovias de acesso a Pedro Juan Caballero (capital de Amambay) e Salto del Guairá (capital de Canindeyú) estão interditadas.
Nesta quinta-feira, o ministro do Interior Federico González afirmou que a Polícia Nacional fará operações para liberar as estradas se o protesto continuar. Segundo ele, as manifestações têm componente político, pois o governo já aceitou baixar os preços dos combustíveis.
Ontem, o governo do presidente Mario Abdo Benítez anunciou redução de 500 guaranis (em torno de 35 centavos de real) no preço do diesel e da gasolina, mas apenas nos postos com bandeira da Petropar. Entretanto, a medida não foi suficiente para convencer os caminhoneiros a encerrar os protestos. Eles exigem redução ainda maior e retirada do ISC (Imposto Seletivo ao Consumo).
“Nosso movimento continua forte”, afirmou Ángel Zaracho, da Federação dos Caminhoneiros do Paraguai. Outro líder do movimento, Diego Bogarín, disse que a categoria exige redução de 2 mil guaranis no preço de todos os combustíveis.