Após 1 ano e 3 meses sendo ministro da saúde do governo federal, Luiz Henrique Mandetta (DEM) se despede do cargo deixando inúmeras recomendações e elogios por muitos brasileiros e figuras politicas, que fez com que sua imagem se destaca-se pela competência de seu trabalho, em entrevista a impressa Mandetta disse que sua atuação no Ministério da Saúde foi pautada pelos valores que aprendeu em Mato Grosso do Sul.
“Procurei honrar e traduzir com ações sempre marcadas com os valores que a gente aprende aí, com toda essa família campo-grandense, com toda essa sociedade, com os nossos pais, nossos avós, muitos deles aí pioneiros aí nessa terra”, agradeceu.
RECONHECIMENTO
Figuras politicas do Mato Grosso do Sul elogiaram a trajetória de Mandetta no Ministério da Saúde
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), agradeceu o apoio do ex-ministro da Saúde, Azambuja ainda elogiou a competência do agora ex-ministro que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na tarde desta quinta-feira (16).
O governador ainda frisou que o trabalho de Mandetta, que é de Mato Grosso do Sul, foi essencial para o Estado.
“Quero deixar registrado o agradecimento ao ministro Mandetta pelo trabalho em favor de Mato Grosso do Sul, no apoio para aquisição de equipamentos hospitalares, materiais de consumo e medicamentos, visando reforçar o sistema de saúde, em especial contra o coronavírus. Desejamos ao novo ministro sucesso, na convicção de continuar parceiro pela saúde de MS e do País”, reiterou Azambuja por meio de nota.
Pelo menos cinco dos 11 integrantes da bancada federal sul-mato-grossense que se manifestaram sobre a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), lamentaram a saída e questionaram a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
Coordenador da bancada, o senador Nelsinho Trad (PSD) usou as redes sociais para desaprovar a exoneração do primo, anunciada nesta quinta-feira (16) após reunião no Palácio do Planalto.
“Lamentável a demissão do ministro Mandetta. Mas torço pra que quem entre dê certo para o bem do Brasil”, postou.
Para Dagoberto Nogueira (PDT), a pesquisa Datafolha colocando a avaliação feita pela população do ministro acima do presidente foi a ‘carta de sentença’ para a demissão.
“Dificilmente ele [Bolsonaro] ia permitir que um ministro tivesse numa condição melhor do que ele. Assim ele fez com o [Sérgio] Moro [Ministro da Justiça] e agora com o Mandetta, com a demissão concretizada”, pontuou o parlamentar, que não poupa críticas à conduta presidencial, que ele classifica como baseada na ‘insanidade’.
Primo do ex-ministro, Fábio Trad (PSD) usou as redes sociais para mandar uma mensagem de apoio, falando sobre quem é punido por suas virtudes e não pelos defeitos.
“Não se deixe abater com a demissão, pois ser demitido deste governo é ser absolvido pela História”, postou.
DEMISSÃO
Mandetta confirmou por volta das 16h15 (horário de Brasília) que o presidente da República, Jair Bolsonaro, o demitiu do Ministério da Saúde. O chefe do Executivo escolheu o médico oncologista Nelson Teich para substituí-lo.
O desentendimento entre presidente e ministro sobre a melhor estratégia de combate à doença vinha acontecendo desde o início da pandemia. Enquanto Bolsonaro defende flexibilizar medidas como fechamento de escolas e do comércio para mitigar os efeitos na economia do País, permitindo que jovens voltem ao trabalho, o agora ex-ministro manteve a orientação da pasta para as pessoas ficarem em casa. A recomendação do titular da Saúde segue o que dizem especialistas e a Organização Mundial de Saúde (OMS), que consideram o isolamento social a forma mais eficaz de se evitar a propagação do vírus.
NOVO MINISTRO
Médico oncologista Nelson Teich, foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde. Teich já havia sido cotado para comandar a Saúde no início do governo Bolsonaro, mas perdeu a vaga para Mandetta, que havia sido colega do presidente na Câmara dos Deputados.
Novo ministro tem apoio da classe médica e da Associação Médica Brasileira (AMB) e também tem boa relação com empresários do setor. Ele não é filiado a nenhum partido político.