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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Criminosos roubam senhas da verificação em duas etapas do WhatsApp

Criminosos enganam vítimas e enviam link para desativar dupla autenticação do mensageiro

17 de mai 2021 - 09h:49 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

Na última quinta-feira (13) foi descoberto por estudiosos da Kaspersky, um novo golpe do WhatsApp clonado.  

De acordo com a cibersegurança, os criminosos usam artimanhas de engenharia social para enganar as vítimas e burlar a dupla autenticação do aplicativo.  

O sistema tem duas etapas e, na segunda, os criminosos utilizam o suporte do próprio mensageiro para passar mais credibilidade à fraude.  

O golpe do WhatsApp clonado vem sendo praticado por criminosos há pouco mais de dois anos.  

Simulando o contato de lojas ou de sites de anúncios, os golpistas tentam roubar a conta do mensageiro solicitando um "código de verificação" do WhatsApp, que é enviado via SMS para o usuário.  

Com esses dígitos em mãos, os golpistas ativam a conta em outro telefone e mandam mensagens para familiares e amigos da vítima, solicitando dinheiro ou resgate do WhatsApp roubado.

Para proteger o mensageiro, a principal solução é ativar a autenticação de dois fatores no app.

No entanto, esse golpe evoluiu e agora os criminosos conseguem burlar a dupla autenticação do mensageiro.  

Como identificado pela Kaspersky, o primeiro passo dessa artimanha continua bastante parecido: os criminosos entram em contato com a vítima alegando ser do Ministério da Saúde e perguntam se podem realizar uma pesquisa sobre a covid-19. Em seguida, eles solicitam que a vítima informe o código de verificação enviado para o celular, dizendo que o passo seria necessário para completar a falsa pesquisa.

Com isso os suspeitos utilizam a autenticação em dois fatores. Depois de conseguir o código de verificação, os criminosos finalizam a suposta pesquisa e ligam novamente para a vítima, fingindo ser do suporte do WhatsApp.  

Eles dizem que identificaram atividades suspeitas na conta e enviam um e-mail para que o usuário cadastre outra senha de dupla verificação.

Ao clicar no link, a vítima desabilita a proteção para criar uma nova senha e é aí que o golpista consegue burlar o sistema e roubar o WhatsApp.  

De acordo com a Kaspersky, o que surpreendeu os pesquisadores da companhia foi o fato de que o e-mail utilizado pelos criminosos é sim autêntico, ou seja, ele é enviado pelo próprio suporte do mensageiro.

O analista sênior da Kaspersky, Fábio Assolini, explica que isso acontece porque o WhatsApp permite o recadastro da senha, como acontece quando perdemos a senha do e-mail, por exemplo.

Segundo Assolini, "da mesma forma que podemos solicitar a recuperação de uma senha em uma loja online, podemos pedir a recuperação da dupla autenticação do aplicativo de mensagens, caso seja esquecida".


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