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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Padrasto filmado agredindo enteado de 4 anos se mantém em silêncio em delegacia

Victor Arthur Possobom é acusado pelos supostos crimes de agressão e tortura contra o enteado de 4 anos. Defesa alega problemas psiquiátricos.

17 de set 2022 - 10h:24 Créditos: G1
Crédito: REPRODUÇÃO

O homem que foi filmado esmurrando e sufocando o enteado de 4 anos se manteve em silêncio desde que se entregou à polícia, na noite desta sexta-feira (16). Victor Arthur Possobom compareceu com um coronel da Polícia Militar (PM) e um advogado à 77ª DP (Icaraí) e, depois, foi encaminhado para a 76ª DP, no Centro de Niterói.

Segundo o delegado Mário Luiz da Silva, Victor Possobom ficou calado e na companhia do advogado Daniel Aguiar. Ele passou a noite na carceragem da distrital.

A previsão é que Possobom seja transferido ainda neste sábado (17) para o Presídio de Benfica, unidade de triagem do sistema penal fluminense.

A polícia tem pelo menos seis inquéritos contra o empresário, incluindo o de agressão contra o enteado. Além deste caso, Possobom também foi denunciado por agredir a própria mãe e namoradas.

A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) e decretou a prisão preventiva de Victor pelos crimes de agressão e tortura contra o menino de 4 anos.

Câmeras de segurança do condomínio onde a família morava, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, flagraram as agressões de Victor contra o menino na recepção e no elevador do prédio.


Na decisão, a magistrada comentou sobre o comportamento do menino antes de receber os ataques de Victor. Segundo Juliana Krykhtine, ele "demonstrava um comportamento tranquilo, passivo e, aparentemente, nada fez para provocar uma reação tão desmensurada por parte do réu".


"Há nítida superioridade física do réu face à vítima, o que por si só já demonstra a crueldade da conduta e a condição de indefeso da mesma, que conta com menos de 5 anos de idade", escreveu a juíza em sua decisão.


A defesa de Victor alega que o empresário sofre de transtornos psiquiátricos.

Defesa alega problemas psiquiátricos


Em contato com a TV Globo, o advogado Daniel Aguiar, responsável pela defesa de Victor Arthur Possobom, disse que seu cliente sofre de transtornos psiquiátricos, e vem sendo submetido a tratamento.

"Tenho a esclarecer que meu cliente sofre de transtornos psiquiátricos, e vem sendo submetido a tratamento nesse sentido. Ele tem transtorno comportamental com alternância de momentos de euforia e comportamentos impulsivos. Ele faz uso de medicamentos de controle especial e exatamente no dia dos fatos, em razão de Sra. Jéssica (mãe da criança) ter tido, também um "surto" dizendo que iria tirar a própria vida, deixou-o em um estado de completa tensão emocional", diz um trecho da nota da defesa do empresário.

Segundo o advogado, a ex-companheira de Victor Possobom também responde a processos criminais.


Novo pedido de prisão


Além do pedido de prisão apresentado MPRJ, a Polícia Civil já havia feito um outro pedido de prisão preventiva contra Victor Arthur Possobom, que aparece em imagens de câmeras de segurança esmurrando e sufocando o enteado.

O pedido de prisão, feito pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, é por violência psicológica contra a ex-companheira, a chefe de cozinha Jéssica Jordão. Ela é a mãe da criança e contou que também era agredida por ele.

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