Ar-condicionado e ventilador podem ser considerados os salvadores dos brasileiros em meio ao calor! O uso desses eletrodomésticos, dentre outros, foi uma das causas do recorde de consumo de energia no país, registrado nessa segunda-feira (13), pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
A demanda do SIN (Sistema Interligado Nacional) atingiu 100.955 MW (megawatts) durante a tarde de segunda-feira, ultrapassando o recorde anterior de 97.659 megawatts – de 26 de setembro deste ano.
Recorde no consumo de energia
Com o cenário de altas temperaturas, os brasileiros tentam fugir do calor como podem e, na maioria dos casos, acabam ficando reféns de eletrodomésticos como ventilador e ar-condicionado.
Diante do alto consumo, os fornecedores do setor elétrico acabam funcionando sob pressão e até mesmo deixando de gerar energia, afetando determinadas cidades.
Vale lembrar que o sistema nacional é interligado e, com isso, um problema gerado em uma certa parte do Brasil pode impactar outros locais, como explica o diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético, Roberto D’Araújo.
A onda de calor que atinge o país chegou na estação que, normalmente, seria chuvosa. Porém, com a diminuição de nuvens que controlam a temperatura, os efeitos do calor são ainda maiores, como explica o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
No momento em que o novo patamar de consumo foi registrado, a distribuição de energia era feita de seguinte forma:
- 61.647 MW de geração hidráulica (61,1%);
- 10.628 MW de geração térmica (10,5%);
- 9.276 MW de geração eólica (9,2%);
- 8.506 MW de geração solar centralizada (8,4%);
- 10.898 MW de geração solar através de micro e mini geração distribuída (10,8%).
Segundo a Climatempo, o Brasil estará diante de uma onda de calor histórica. Vale lembrar que a onda de calor anterior elevou os termômetros para 44,2°C. Em Cuiabá, a previsão é de máxima de 47°C nesta sexta-feira (17) e até 46°C neste sábado (18).
Possível melhora
A onda de calor poderá se afastar do Brasil, causando queda nas temperaturas a partir da próxima semana, como explica o Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.
Com o afastamento das ondas de calor, as temperaturas voltam ao normal e, além disso, uma passagem de uma frente fria pelo litoral Sudeste poderá canalizar maior umidade para a região Centro-Oeste.
Daí, haverá um aumento de nuvens no céu e pancadas de chuvas mais frequentes, a partir do próximo domingo (19) até o dia 24 deste mês.