
Seis cidades do Pará estão sofrendo por conta da pandemia do coronavírus e por causa da falta de oxigênio, o mesmo problema que Manaus enfrentou na saúde.
O secretário de Saúde do Pará, Cassio Luiz Pinto, está recorrendo as cidades vizinhas para pegar emprestado os cilindros de oxigênio.
A situação mais grave é no distrito de Maracanã, lá, de acordo com o prefeito Paulo Carvalho (PSD), havia neste domingo (17), 40 pacientes com saturação abaixo de 80, sem leito e revezando o tubo de oxigênio.
“Estamos pedindo emprestado oxigênio de municípios como Terra Santa. Não há verba nem oferta, mas estamos pedindo essa cooperação. A médica está revezando o oxigênio como o Sepap, um aparelho ligado a uma máquina que garante o ar apenas por duas horas. É uma escolha muito, muito difícil”, conta o prefeito.
Uma rede de apoio aos municípios foi criada na região, a Todos por Faro. Integrantes relatam com vídeos e descrições as cenas de horror nas pequenas cidades do Pará.
Os pacientes graves estão deitados em cadeiras, sentados na Unidade de Saúde do distrito e até mesmo em cadeiras de uso odontológico. Não há logística para a transferência de pacientes, tampouco para a chega do oxigênio por avião.
O Ministério Público Federal, na última sexta-feira, questionou os municípios do Oeste do Pará sobre a situação do estoque de oxigênio. Os ofícios foram enviados às prefeituras da região de Itaituba e à Satarém.