Autoridades do Paraguai estão investigando se pistoleiros ligados ao traficante Sérgio Arruda, o Minotauro, estão envolvidos na morte do jornalista Léo Veras, assassinado na noite de quarta-feira (12/2), em Pedro Juan Caballero.
Segundo reportagem do Campo Grande News, Marcelo Pecci, promotor, porta-voz da equipe e integrante do grupo que investiga o crime organizado na região, foi questionado sobre seis pistoleiros que estão foragidos do presídio de Pedro Juan, e que são membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).
No entanto, ele disse apenas que esta é uma das versões sobre os possíveis responsáveis pelo homicídio.
O jornalista Léo Veras era dono do site Porã News, e no dia do seu assassinato, estava jantando com a esposa, filho e o sogro, quando os criminosos chegaram num Jeep Cherokee, encapuzados e armados com pistola nove milímetros. A vítima ainda tentou correr, mas foi atingida por 12 disparos, a maioria nas costas e um na cabeça.
Ainda segundo o Campo Grande, os pistoleiros que supostamente estão envolvidos no homicídio, podem estar entre os 75 presos que fugiram na madrugada de 19 de janeiro do presídio de Pedro Juan. Eles haviam sido detidos em 2019, numa operação desencadeada para desarticular a estrutura criminosa comandada por Minotauro.
O narcotraficante é visto como um dos “reis” do tráfico na fronteira e liderança do PCC que despontou no domínio da região depois da morte Rafaat. Duas semanas antes de ser preso, em fevereiro passado, e com pessoas sendo executadas todos os dias em Pedro Juan Caballero, o traficante, com apoio do PCC, tentou retirar da fronteira uma grande carga de cocaína.
Os 940 quilos da droga em um utilitário da BMW foram apreendidos na BR-463. Pistas que surgiram após a apreensão ajudaram a polícia a localizar Minotauro no litoral catarinense.
O tráfico movimenta uma fortuna todos os anos no Brasil. Estimativas apontam movimento de R$ 17 bilhões por ano no país.
Foto: Reprodução/Campo Grande News