
O cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, deixou a cadeia de Benfica, no bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, por volta das 11h30 desta quinta-feira (18).
Ele havia entrado na unidade na noite desta quarta-feira (17), após ser preso durante uma operação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod).
Belo é investigado por causa de um show que fez em uma escola estadual no Parque União, no Complexo da Maré, também na Zona Norte, do dia 13 de fevereiro.
O desembargador Milton Fernandes de Souza aceitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do cantor durante a madrugada de hoje.
O advogado Jefferson Carvalho, que defende o pagodeiro, não vê necessidade de ele prestar depoimento à Polícia Civil.
“Ontem mesmo apresentei a documentação pertinente em referência ao show. Acho que não há necessidade de ele ser ouvido pela polícia. Mas ele está à disposição da autoridade policial para isso", disse.
Contra Belo há uma acusação de violar decreto municipal que proibiu aglomerações no carnaval e contribuir para a disseminação do coronavírus.
Além dele, outras três pessoas são investigadas pela realização do evento: Célio Caetano, sócio da produtora Série Gold, responsável pelo show; Henriques Marques, também sócio da produtora e Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico no Parque União.
O show foi realizado numa escola estadual. Por isso, a polícia apura também a invasão ao prédio público.
A Secretaria estadual de Educação informou que não houve pedido de liberação do pátio e que não autorizou evento de qualquer natureza em suas unidades desde o início da pandemia.
De acordo com informações, o cantor e os outros investigados responderão por infração de medida sanitária, crime de epidemia, invasão de prédio público e associação criminosa.