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Quinta, 28 de março de 2024

Presos fazem protesto em prol de melhoria na alimentação e de TV em celas

Detentos da Penitenciária de Regime Fechado da Gameleira recusam comida desde último sábado (13)

18 de fev 2021 - 08h:22 Créditos: Linckon Lopes
Crédito: Marcos Ermínio

Familiares dos internos alegam que tratamento da unidade, inaugurada em novembro de 2019, “é totalmente desumano”, enquanto a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) afirma que os internos estão exigindo “regalias”, como autorização para a instalação de TVs nas celas. 

A namorada de um presidiário, que pediu para não ter o nome divulgado, afirma que o pedido de socorro chegou por bilhete, enviado por outro detento, através do advogado dele. 

“Muitos presos não têm colchão e nem uma coberta pra dormir em cima, água para beber e tomar banho no quente. Totalmente desumano”. 

Ela afirma que como as visitas estão suspensas, famílias também estão impedidas de levar alimentos para os internos. “Até a visita que é feita por videoconferência, eles não tão deixando".

No bilhete, preso escreve que ele e os colegas dos pavilhões 2 e 3 estão sem comer desde segunda-feira (15). O Jornal O Vigilante averiguou e constatou, que a greve de fome começou antes, estimulada por lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) na unidade.

A Agepen nos informou e confirmou que o protesto foi mobilizado pela facção e estima que cerca de 150 detentos tenham aderido ao movimento.

 “Desde o sábado [13], um grupo formado por lideranças negativas passou a recusar as refeições oferecidas, exigindo que sejam autorizadas algumas regalias na penitenciária, entre elas televisores nas celas”.

A agência informou, por meio de nota, que diariamente são garantidas a todos os 550 detentos três refeições diárias, além do abastecimento de água regular, atendimentos de saúde e psicossocial. 

Confirmou, no entanto, que o contato com parentes está temporariamente suspenso - só é permitido virtualmente, em virtude da pandemia - e que a entrega de pertences está restrita.

Também por meio da assessoria de imprensa, a Agepen ressaltou que “atua em conjunto com o Ministério Público e o Poder Judiciário, com correições regulares e audiências com internos no sentido de receber as demandas e atender o que realmente for pertinente”. 

“Todas as solicitações encaminhadas à Agepen são analisadas com base na rotina de disciplina estabelecida para a unidade prisional, sempre resguardando o princípio da dignidade humana”. 

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