O enfermeiro William Goes Abbade, 36 anos, apesar de também sofrer consequências e estar no hospital, após acidente no último sábado (16), noticiado pelo Enfoque MS, no local já está sob guarda policial e sairá da Santa Casa para cadeia para cumprir prisão preventiva, decretada nesta segunda-feira (18), pela Justiça de Campo Grande.
O judiciário converteu a prisão em flagrante dele, então condutor do carro que teria se envolvido em uma disputa de ‘racha’ na avenida Júlio de Castilho, no Jardim Panamá, região Oeste da Capital. Abbade estava no carro com mais seis passageiros, que foram vitimas de manobras, que causou a morte de um deles, feriu o restante e acabou por derrubar um poste de energia da via.
O delegado que atendeu a ocorrência disse que Abbade e o outro condutor também será indiciado, em flagrante, por realizarem o racha. A situação foi apontado por umas das vitimas e testemunha externa. O enfermeiro, sem controle do veículo, bateu violentamente em poste de energia elétrica, vitimando a todos com ferimentos graves, inclusive ele, e, levou a óbito a jovem Roberta da Costa Coelho, 25 anos.
Abbade está internado em estado grave na Santa Casa, sob escolta policial, mas foi submetido a audiência de custódia em Campo Grande. Ele foi indiciado, por homicídio doloso, por conduzir sob influência de álcool e por participar de corrida, disputa ou competição de corrida em via pública (racha). O advogado de defesa, Waldir Ferreira da Silva Filho, ainda para evitar a prisão preventiva, que não conseguiu, alegou em pedido de liberdade, que não houve comoção social, nem repercussão econômica para justificar a manutenção da prisão. Bem como, disse que seu cliente é primário, sem qualquer antecedente, tem endereço fixo e emprego lícito. Caso não fosse concedida a liberdade, que fosse revertida em prisão domiciliar.
O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, não considerou nada da ‘defesa’ e levou em conta as muitas gravidades em crimes de trânsito: embriaguez, relato de disputa por racha, além de transportar acima da capacidade do carro e a colisão no poste de energia. O enfermeiro colocou em risco “a vida não só das pessoas que encontravam no interior do bem móvel, mas também os demais transeuntes que se encontravam na via pública”.
Racha apontado por vitima e testemunha externa
O acidente aconteceu por volta das 4h30, na avenida Júlio de Castilho. Testemunha relatou à Polícia Civil que o condutor do Ford Ka dirigia em alta velocidade e estaria disputando racha. A situação também foi confirmada por um dos sobreviventes do acidente, em depoimento preliminar dado à Polícia Civil. E o velocímetro do carro parou em 105 km/h.
No Ford Ka estavam o condutor, William Goes Abbade; Loraine Fernandes Marçal, 23 anos, estava no banco do passageiro e, atrás, estavam Jheyson Viturino Martins, 19 anos, Matheus da Silva Alves, 19 anos, Aline da Silva Xavier, 24 anos, Andréia da Silva Xavier, 33, e Roberta da Costa Coelho.
Dos feridos, três permanecem internados: William, ainda em estado grave, e as irmãs Aline e Andreia, que estão fora de risco.
Uma testemunha entrou em contato com a Polícia Civil e disse ter presenciado dos dois condutores disputando racha e conseguiu anotar a placa do Gol. A polícia já identificou o proprietário deste outro veículo, que também será indiciado, em flagrante, por realizar o racha.