A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência, aprovou, no último dia 10, a importação de mais uma variedade de milho transgênico dos Estados Unidos.
E na quinta-feira (17), publicou uma resolução normativa que dá segurança a compras de grãos modificados.
O milho transgênico que foi autorizado é o DP-ØØ4114-3. Ele e seus derivados poderão ser usados na alimentação humana e para ração.
Também foram permitidos a manipulação, o processamento, a comercialização, o transporte, a importação, a exportação, o armazenamento e o descarte desse milho.
Em maio, outro milho geneticamente modificado dos EUA, o DAS-59122-7, foi liberado para importação.
O presidente da CTNBio, Paulo Barroso, explicou em coletiva na tarde de ontem (17), que os dois milhos foram avaliados como seguros e que suas aprovações foram solicitadas por entidades da indústria de carne, que sofreu com a escassez de milho, usado em rações, devido a seca no Brasil.
No Brasil, 96% da produção de milho já é de grãos transgênicos, e parte deles é liberada para consumo. Mas cada variedade que chega às prateleiras do supermercado precisa de autorização da CNTBio.
Os milhos, assim como outros alimentos transgênicos, podem ser modificados de duas formas. A primeira é uma espécie de seleção natural, onde os grãos de duas ou mais variedades se misturam. Isso pode acontecer ainda no campo.
A segunda é a alteração genética feita em laboratório. Neste caso, certas características são unidas em um só produto, como por exemplo, a resistência a insetos, com tolerância a herbicida, obtendo um produto com os dois benefícios.