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Sexta, 18 de abril de 2025

Aluna perde parte da audição após colegas soltaram uma bomba na quadra da escola

Durante um campeonato colegas de turma jogaram bomba que passou do lado dela; Família procurou a polícia

18 de jul 2022 - 15h:39 Créditos: JD1
Crédito: Reprodução

Uma aluna do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp/UFRJ) perdeu a audição de um dos ouvidos depois que colegas soltaram uma bomba na quadra da escola, durante um campeonato. O incidente ocorreu no dia 1º.

Gabriella Cardoso, de 13 anos, fez neste sábado (16), um exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal. Segundo a estudante, durante a final de um campeonato de futebol na escola, colegas explodiram uma bomba bem perto dela. “Eu estava no meio da quadra indo para sair. A bomba estourou em movimento, muito do meu lado”, lembrou.

Imediatamente, a adolescente sentiu uma forte dor. Mais tarde, percebeu não mais escutar no ouvido direito. Um exame feito numa clínica particular apontou perda auditiva de grau profundo.

A família de Gabriella levou o documento à escola, que a encaminhou ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão. Mais um laudo confirmou o diagnóstico: perda auditiva neurossensorial de grau profundo na orelha direita.

O pai de Gabriella fez então um boletim de ocorrência na delegacia. “A gente achou que fosse uma coisa muito mais simples, apesar da gravidade de terem soltado uma bomba dentro de um pátio da escola. A gente só procurou a polícia depois que viu que a lesão foi muito grave”, explicou o corretor de seguros Luís Claudio Cardoso.

Duas semanas após o incidente, Gabriella ainda sente dores. “Sinto dor quando eu bocejo ou quando alguma coisa bate. Está difícil”, disse.

Ao saber da gravidade do caso, a direção divulgou uma nota informando que a equipe conversou com os estudantes sobre as consequências de soltar uma bomba no espaço escolar.

Os pais de Gabriella consideraram a declaração insuficiente. “Como é que um menor de idade consegue ter acesso a um artefato explosivo. Foi o pai? Quem foi que vendeu? Ele comprou numa loja? Entrou na escola e detonou dentro da escola. Se a gente não fizer alguma coisa, qual o risco de isso acontecer de novo?”, questionou Luís Claudio.

O que dizem as autoridades

A Polícia Civil disse que vai intimar o diretor da escola para prestar depoimento e que vai pedir imagens que possam ajudar nas investigações. Agentes também estão fazendo diligências para identificar o responsável pela explosão da bomba.

A direção do CAp/UFRJ disse que acompanha o caso, mantendo diálogo com a família. Segundo a escola, a estudante tem outro atendimento marcado no Hospital Clementino Fraga Filho nesta segunda-feira (18).

O CAp disse que criou uma comissão para apurar os fatos e suspendeu três estudantes por dez dias.

já a direção disse, ainda, que não tolera atos de violência na escola.

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