No Profissão Repórter da última terça-feira (12), mostrou uma dura realidade: a equipe mostrou alguns dos mais de 60 milhões de brasileiros que atualmente enfrentam algum tipo de insegurança alimentar, como apontado pelo último relatório da Organização das Nações Unidas, que botou o Brasil novamente no Mapa da Fome da ONU.
Na fila de restaurantes populares de São Paulo, a maior cidade do país, os repórteres Chico Bahia, Milena Rocha, Eduardo de Paula, Gabi Vilaça e Luiz Silva e Silva deram rosto a esses dados alarmantes. Um deles é o de Daiane, de 35 anos. Mãe solo de duas crianças, ela está grávida novamente e, aos oito meses de gestação, busca o local, onde é possível comer a R$ 1, para manter uma gravidez saudável.
“Antes de começar a comer aqui estava me sentindo fraca. Aqui eu garanto que o bebê tenha todos os nutrientes que precisa”, diz.
Outro dado preocupante apontado pelo programa é que o número de pessoas pretas e pardas que convivem com a insegurança alimentar é quase o dobro da população branca. O repórter Thiago Jock acompanhou duas mulheres pretas, Florinda Lima e Claudionice Raimunda, nas ruas. Em busca de alimento para os filhos, uma conseguiu ossos e retalhos de gordura de carne doados em um açougue, já a outra buscou restos de verduras, legumes e frutas vendidos em feiras livres.
Em Salvador, os repórteres Guilherme Belarmino e Eduardo de Paula mostraram como a fome tem levado muitas pessoas ao crime. Dados da Defensoria Pública da Bahia revelam que em 2021 houve um aumento para 20,25% no percentual de furtos famélicos, os que, segundo o Código Penal, "consistem em subtrair itens para sanar estado notório de fome e necessidade com a finalidade de cessar a situação".
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