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Sábado, 19 de outubro de 2024

Polícia quebra sigilo bancário e rastreia dinheiro de formatura desviado por aluna da USP

Alicia Dudy Müller Veiga, de 25 anos, deve responder por pelo crime de apropriação indébita; ela ainda não foi localizada

19 de jan 2023 - 11h:29 Créditos: R7
Crédito: Reprodução/Facebook

Após diversas denúncias contra a estudante de medicina da USP (Universidade de São Paulo) Alicia Dudy Müller Veiga, de 25 anos, a polícia pediu a quebra de sigilo bancário e conseguiu rastrear os quase R$ 1 milhão da comissão de formatura supostamente desviados pela aluna.

De acordo com as investigações, foram realizadas três transferências com o dinheiro da comissão: uma de R$ 604 mil para a própria conta de Alícia e outras duas, de R$ 145 mil e R$ 175 mil para contas de terceiros.

As transferências deveriam ter sido feitas para a Às Formatura, empresa responsável pelo evento de colação de grau dos alunos, mas teriam sido desviadas por Alícia, que era presidente da comissão.

Dois alunos da turma da jovem, além de dois funcionários da Às prestaram depoimento no 16°DP (Vila Clementino), responsável pelas investigações. De acordo com a delegada Zuleika Araújo, nenhum deles suspeitava que a jovem fosse capaz de cometer esse golpe. "Como presidente da comissão e ter a disponibilidade desse valor, ela se apropriou indevidamente da quantia", afirma.

Por esse fato, Alicia deve responder pelo crime de apropriação indébita e, se condenada, pode pegar até quatro anos de prisão. No entanto, ela também pode responder por estelionato e lavagem de dinheiro, já que é suspeita de ter aplicado um golpe em uma lotérica localizada em Mirandopólis, bairro da zona sul de São Paulo.

Ainda segundo as investigações, a estudante teria feito apostas de até R$ 500 mil, mas mostrado comprovantes de pagamentos falsos, deixando prejuízo no estabelecimento.

Polícia tem dificuldade para localizá-la

Ainda segundo a delegada responsável pelo caso, Alicia ainda não compareceu à delegacia para prestar depoimento e a corporação tem tido dificuldade para localizá-la. Mesmo assim, a delegada espera que a jovem se apresente até o fim dessa semana.

A única vez que a estudante se manifestou sobre o ocorrido com o dinheiro foi por meio de um grupo de WhatsApp com outros alunos de sua turma, que fizeram transferências mensais durante a graduação para a realização da formatura.

Na mensagem, a estudante afirmava que havia investido o dinheiro na bolsa de valores e que teria levado um golpe. "Uma investidora que, no final das contas, não se passava de um golpe e nunca mais me retornou, nem com o dinheiro investido, nem com os rendimentos", escreveu aos colegas.

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