
Na quinta-feira (18), segundo documentos de uma ação civil nos Estados Unidos, a rede social Facebook sabia que suas estimativas sobre o número de usuários que podiam ver anúncios na plataforma estavam infladas, mas ignorou o problema para obter mais receita.
Os demandantes afirmam que os executivos da plataforma sabiam que a audiência potencial das campanhas publicitárias estava superestimada, mas que eles não fizeram nada para reverter à situação.
O Facebook obtém a maior parte de seu volume de negócios com a venda de espaços publicitários a empresas. Os preços variam em função de diversos critérios, começando pelo número de usuários que podem ver a campanha.
Ano passado foram gerados U$ 85,9 bilhões pela companhia, ou seja, um percentual de 97,9%.
"O Facebook sabia há anos que seu alcance potencial estava inflado e era enganoso", ressaltam os demandantes.
"O Facebook sabia que o problema era provocado, sobretudo por contas falsas e duplicados (...) Executivos impediram que funcionários solucionassem o problema porque pensavam que o 'impacto nas receitas (seria) significativo", completam, de acordo com os documentos judiciais.
A acusação cita um diretor do "Potential Reach", uma ferramenta usada para medir a audiência potencial dos anúncios, que afirmou em um e-mail interno da empresa que essa seria "uma receita que nunca deveríamos ter obtido, dado o fato de que se baseia em dados errados".