A Amazon informou na terça-feira (18) que o uso policial de uma tecnologia de reconhecimento facial da empresa, chamada Rekognition, continuará proibido por tempo indeterminado.
Em junho de 2020, a companhia anunciou que estava aplicando uma suspensão de um ano para o uso dessas ferramentas pela polícia, alegando que a pausa poderia dar ao Congresso dos Estados Unidos tempo para decretar garantias contra o uso indevido do reconhecimento facial.
A empresa confirmou ontem (18) a prorrogação dessa proibição "até novo aviso", sem dar mais detalhes.
A ação do ano passado foi tomada em meio a protestos generalizados contra a brutalidade policial e preocupações sobre possíveis falhas da tecnologia de reconhecimento facial, especialmente ao analisar as características dos afro-americanos.
Ativistas também afirmam que as ferramentas de tecnologia podem usar algoritmos que discriminam os negros de forma intencional ou não.
Não ficou claro até que ponto a polícia americana usou esses sistemas.
No ano passado, a Amazon pediu aos governos que implementassem "regras mais rígidas para regular o uso ético da tecnologia de reconhecimento facial".
Anúncios semelhantes foram feitos por outras grandes empresas de tecnologia.
A Microsoft disse que não venderia seus sistemas para a polícia, enquanto a IBM encerrou a área de pesquisa em reconhecimento facial.