O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) mandou soltar o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e ex-deputado estadual, Jerson Domingos, preso quinta-feira (18) na terceira fase da operação Omertá, suspeito de integrar grupo que estaria envolvido em várias execuções no estado.
A revogação da prisão preventiva, em caráter liminar, saiu na madrugada desta sexta-feira (19) e é do desembargador plantonista Vladimir Abreu da Silva. O mesmo magistrado também concedeu liberdade a Cinthya Name Belli, sobrinha e funcionária de Jamil Name.
Cinthya também foi presa quinta-feira sob a suspeita de participar da milícia que seria liderada pelo tio e pelo primo, Jamil Name Filho, ambos detentos do Presídio Federal de Mossoró.
Outro suspeito que teve a liminar concedida foi Benevides Pereira, funcionário de Jamil Name. Ele foi liberado com medida cautelar. Está proibido de sair de Campo Grande e terá que comparecer em juízo sempre que chamado.
Argumentos
No pedido de revogação da prisão preventiva, a defesa de Jerson Domingos argumentou que os contatos dele com Jamil Name se devem porque são parentes. O conselheiro é irmão da esposa de Jamil e as conversas entre eles estão relacionadas a assuntos de família. Os advogados citaram ainda que o ex-deputado tem "idade avançada" e trata de diabetes há 12 anos.
No caso de Cinthya, a defesa dela citou que ela tem 51 anos e obesidade, situação que a coloca no grupo de risco para covid-19. Além disso, tem residência fixa, trabalho lícito e não possui antecedentes criminais.