
19 de agosto: Dia Nacional de Luta da População de Rua , hoje a CORDENADORA do centro POP , CRISTIANE CAMPOS DE ANDRADE esteve no Jornal O Vigilante , falando um pouco mais sobre essa data significavativa .
Conhecidos, popularmente, como mendigos, pedintes, homens do saco ou moradores de rua, essas pessoas, na maioria das vezes, possuem seus vínculos familiares fragilizados ou rompidos, não têm moradia convencional regular e se encontram em situação de pobreza extrema. E é aí que entra o trabalho da equipe de Cristiane juntamente com várias instituições parceiras e o POP.
O papel da Assistência Social, por meio do Centro POP, é garantir proteção social e os direitos dessas pessoas através de serviços especializados, que falaremos em detalhes adiante.
As principais razões para estarem na rua, são:
- Alcoolismo/droga: 35,5%;
- Desemprego: 29,8%;
- Desavenças com pai/mãe/irmãos: 29,1%;
- Os 3 motivos acima: 78%.
O Centro POP é uma unidade pública de referência e atendimento especializado à população em situação de rua, no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade do Sistema Único de Assistência Social/SUAS.
Esta unidade tem dois serviços, o Serviço Especializado Para Pessoas em Situação de Rua (SEPSR) e o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), que realizam um conjunto de ações, tais como, o serviço de orientação e apoio sócio familiar e a abordagem de rua, visando garantir proteção integral do indivíduo que se encontra em situação de rua, assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidade, na perspectiva do fortalecimento dos vínculos interpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetos de vida.
O Centro POP foi criado em dois mil e quatorze e dispunha apenas do SEPSR, porém em outubro de dois mil e dezenove foi implementado o SEAS.
O Serviço Especializado Para Pessoas em situação de Rua é um serviço que oferece acompanhamento especializado que busca promover a reconstrução de vínculos sociais e/ou familiar, estabelecendo novos projetos de vida em prol da saída gradativa da situação de vulnerabilidade social dos cidadãos atendidos.
O atendimento técnico é realizado por profissionais de nível superior, sendo um assistente social e um psicólogo priorizando acesso a direitos socioassistenciais, trabalho em rede, entre outros proporcionando um atendimento de excelência.
O Serviço Especializado em Abordagem Social é um procedimento de trabalho de aproximação direta com indivíduos e grupos familiares que usam os espaços públicos como moradia e/ou sobrevivência. E é realizado por técnicos de nível médio.
Este serviço tem como atribuição orientar estes cidadãos sobre seus direitos priorizando o bem estar, sanando situações de risco ligadas a vulnerabilidade social e fazer os devidos encaminhamentos à rede socioassistencial, como preconiza a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009).
O SEAS possui sete eixos que norteiam o trabalho de equipe quais sejam:
• Proteção social pro ativa, que consiste na presença continua dos profissionais nos espaços públicos atendendo a todos que estão nas ruas fazendo delas moradia e/ou sobrevivência;
• Ética e respeito à dignidade, diversidade e não discriminação, pois todos são iguais perante a Constituição Federal como cidadãos de direito;
• Acesso à direitos Socioassistenciais de construção de autonomia;
• Construção gradativa de vínculo de confiança com os sujeitos, a rede e o território;
• Respeito a singularidade e autonomia na reconstrução de trajetórias de vida;
• Trabalho em rede;
• Relação com a cidade e a realidade do território.
Faz-se necessário esclarecer que não cabe ao SEAS remover compulsoriamente pessoas em situação de rua; atender casos de saúde, como por exemplo, surto mental e tratamento para dependentes químicos; obrigar o tratamento para dependentes químicos (álcool e/ou drogas) e atuar em casos de segurança pública. O Serviço Especializado em Abordagem Social é independente e tem como objetivo principal orientar sobre os atendimentos ofertados, promovendo direitos mediante a aceitação do público atendido.
FONTE:CRISTIANE CAMPOS DE ANDRADE