Crédito: Adriano de Campo Antes de dar uma olhada na programação cultural deste fim de semana, é provável que muita gente faça antes uma consulta na previsão do tempo.
Mas tudo indica, segundo os boletins meteorológicos, que a chuva dos últimos dias ficou mesmo para trás, abrindo brecha para quem quiser escapar para dar uma curtida fora de casa.
Pelo menos três dos eventos ao ar livre em destaque, divulgados para a agenda de sábado e domingo, confirmam a realização das atividades e das apresentações previstas: o “Tô Ato Arte”, do coletivo Transcine, na Praça do Preto Velho (Jardim Paulista); o Festival Sarau e Cidadania no Parque (Moreninha 2); e o Som da Concha. Os três eventos são gratuitos.
JERRY
O Som da Concha deste domingo abre o palco da Concha Acústica Helena Meirelles para duas apresentações: às 18h, Jerry Espíndola apresenta o show “Seja Simpático”; e às 19h a banda Corvo e os Malditos do Cerrado faz a sua performance, com o show “A Saudade É Uma Estrada Longa”.
Ao lado de Sandro Moreno (bateria), Rodrigo Teixeira (baixo) e Gabriel de Andrade (guitarra), Espíndola mostra seu repertório autoral, incluindo canções inéditas, a exemplo de parcerias com Alzira E (“Para Não Haver Prisão”), Paulo Simões (“Velho Hospício”) e Ju Souc (“Fórmula”).
“Beijos de Imã”, que foi gravada por Ney Matogrosso, e a polca rock “Colisão” são outros destaques prometidos por Jerry, que já lançou 10 álbuns e completa 40 anos de carreira neste ano.
CORVO
No show “A Saudade É Uma Estrada Longa”, o guitarrista Fabio “Corvo” Terra e os seus “Malditos” apresentam ao público versões country rock de músicas regionais – de compositores como Almir Sater, Geraldo Espíndola, Geraldo Roca e, uma vez mais, Paulo Simões –, além de clássicos do rock e também canções inéditas.
Por trás da escolha do repertório, Corvo e os Malditos do Cerrado propõem uma ponte simbólica entre o território sul-mato-grossense e o sul dos EUA.
Formada em 2018, a banda é uma reunião de roqueiros veteranos, todos com mais de 20 anos de estrada.
Além de Corvo (O Bando do Velho Jack) na guitarra, o grupo conta com Marcelo Souza (Stone Crow) nos vocais, Zé Fiuza (Cover Up, Erika Espíndola, Rockfeller, etc) na bateria e Guilherme Castro (Carlos Colman e Karina Marques) no baixo.
SARAU
Também no domingo, das 16h às 20h, o Festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque será abrigado na área externa e em outras instalações do Centro Estadual de Educação Profissional Profª Maria de Lourdes Widal (Rua Anaca, nº 780, Moreninha 2).
Sob apresentação da Professora Rô e do cantor sertanejo Agnaldo Kardoso, sobem ao palco os artistas Heider Barbosa, Sócios Band e Mara Brandão (música); Maracangalha e Conceição Leite (artes cênicas); Grupo Hána’iti Kipaê – Grande Ema (dança dos povos indígenas); Glauber Portman (performance/show LGBTQIA+); General R3 (arte e cultura de rua); e Asas do Futuro (capoeira).
Já nos estandes, a economia criativa fica por conta de Maurício Cintrão (Espaço Brincantes), Audiovisual Produza (cinema) e Kossi Ezou (moda e design), além dos espaços dedicados ao artesanato e à gastronomia.
TÔ ATO ARTE
No sábado, a partir das 15h, o Transcine segue com a programação do “Tô Ato Arte”, série de eventos no formato de feirinha cultural que os cineclubistas criaram para celebrar os 10 anos do coletivo.
Dessa vez, o TAA será realizado na Praça do Preto Velho (Av. Fábio Zahran, altura do Jardim Paulista) e, entre outras atividades, vai exibir curtas-metragens protagonizados e/ou dirigidos por artistas negros do Estado.
A partir do pôr do sol, o público vai conferir: “As Invenções de Akins” (Ulísver Silva); “Luzes Debaixo” (Tero Queiroz), “A Margem É o Centro” (Thauanny Maíra), “Emfrente!” (Livia Lopes); “Memórias da Noite Passada” (Felipe Lourenço), “Baile” (Patrícia Saravy) e animações caseiras experimentais dirigidas por Loren Artesã.
TONY RAMOS
Os blockbusters “Elvis”, “Top Gun”, “Thor”, “Minions” e “DC Liga dos Superpets” continuam em cartaz nos cinemas dos shopping centers da Capital.
Entre as estreias, além de “Dragon Ball Super: Super Hero”, o destaque vai para o brasileiro “45 do Segundo Tempo”, de Luiz Villaça.
O filme vem sendo elogiado pelo desempenho do trio de protagonistas – Ary França, Cassio Gabus Mendes e Tony Ramos – ao dar vida às crises de meia-idade do enredo.
DANÇA NA WEB
A quarta fase do Festival Funarte Acessibilidança Virtual, que foca em produções da Região Centro-Oeste, disponibilizou, nesta sexta-feira, “Movimento Mínimo Possível”, criação da Cia. Dançurbana, de Campo Grande.
A montagem, com recursos em Libras e audiodescrição, ficará disponível para acesso gratuito no canal (youtube.com/funarte).
O local escolhido para as filmagens foi a Usina do Córrego Ceroula, na Capital. A equipe de criadores se embrenhou na natureza, em busca de uma dança que fosse fruto da poética e da memória do lugar.
Trata-se de uma dança filmada, cuja visão se espalha entre as linguagens, ampliando as possibilidades da relação corpo-câmera para além da videodança.
A obra é um reflexo da experiência do grupo com a criação de roteiros audiodescritivos para as montagens de seu repertório e, também, para mais pesquisas do binômio dança-acessibilidade.
PASOLINI
Desde quarta-feira, a mostra “Os 100 Anos de Pasolini”, em formato presencial em São Paulo, chegou ao streaming com cinco dos 16 títulos do diretor italiano que o público paulistano tem conferido no CineSesc:
“Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo São Mateus” (1964), “Édipo Rei” (1967), “Gaviões e Passarinhos” (1966) e “Medéia” (1969). Para conferir, basta acessar gratuitamente: sescsp.org.br/projetos/mostra-os-100-anos-de-pasolini/.
