Última a ser atendida na sexta-feira (13), em Campo Grande, a vendedora de 52 anos chegou em casa e de lá não saiu mais. No início, estranhou o ardor logo após o preenchimento labial com uma estudante de biomedicina, a qual alegava ser biomédica formada. Agora, já consciente de tudo o que aconteceu, permanece reclusa, há seis dias, contando com a filha para entregar os produtos vendidos nas redes sociais e assim sobreviver.
“Eu fui atendida às 18h30 e, logo depois que cheguei em casa, mandei mensagem reclamando da dor. E ela respondeu tudo, diz estar dando suporte, está pagando medicação e buscou um médico alergista para mim, o qual só tem horário amanhã. O meu lábio e o rosto começou a inchar demais e hoje eu entendo que isso não é normal e só não saí de casa ainda por conta da situação que estou, mas, vou fazer a minha queixa também, não tem outro jeito”, argumentou a vendedora.
Por indicação da amiga, a vendedora marcou horário no mesmo dia e estava sonhando com o “bocão”.
“Eu investi R$ 500. Sei que é um valor menor, achei barato mesmo, mas, eu estava ali como paciente modelo, achei que daria certo. E já fiz outros procedimentos estéticos e nunca ocorreu nada disto. A gente que é mulher sonha em ter um bocão”, disse.
Nos últimos dias, como vende produtos pelo Instagram, como tênis e outros produtos, diz que está com vergonha de entregar as encomendas e está contando com o apoio da filha.
“Estou escondida em casa, sentindo muita vergonha. Quero, ao menos, que a minha boca volte ao normal. Me sinto lesada porque a gente vai acreditando em uma coisa e acontece outra. O nosso rosto é o nosso cartão de entrada”, finalizou.
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