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Quarta, 10 de setembro de 2025

Capataz preso 'cuidando' toneladas de maconha, ganha liberdade em menos de 24h

Entreposto guardava drogas de fornecedor do Comando Vermelho

19 de nov 2021 - 07h:47 Créditos: Linckon Lopes
Crédito: Divulgação/PRF

Em menos de 24 horas os advogados de José Ferreira de Figueiredo, de 67 anos, conseguiram a liberdade provisória dele, em decisão inédita visto que o homem não tem idade avançada. Ele é capataz numa fazenda onde a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 3.062 Kg de maconha e fechou um entreposto da droga, na noite da quarta-feira (17), em Amambaí (MS).

 Os policiais rodoviários federais disseram que encontraram o armazém onde os fardos de maconha eram armazenados após o recebimento de denúncias. No local, a equipe prendeu José, responsável pela guarda do ilícito. Os PRFs disseram que ele confessou que receberia R$ 200,00 para armazenar a maconha.

Ele foi preso ontem e encaminhado para a Polícia Civil em Amambaí (MS), juntamente com a droga. No entanto, em menos de 24 horas os advogados Mirian Arruda e Marcos Patrick Resende, sócios no escritório "Arruda & Resende Advocacia”, conseguiram a liberdade do suspeito.  

A determinação de soltura foi assinada pelo Juiz de Direito, Diogo de Freitas, de Amambai, nesta quinta. 

"Concedo a liberdade provisória ao autuado José Ferreira Figueiredo, condicionada a sua notificação e com a imposição das seguintes medidas cautelares diversas da prisão: 1) Comprovar o endereço e emprego no prazo de 10 dias; 2) Comparecimento perante a autoridade policial e em juízo todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento, bem como manter seu endereço atualizado nos autos do processo; 3) Comparecimento bimestral perante o cartório da Vara de sua residência, para informar e justificar suas atividades, até o dia 10 de cada mês; 4) Proibição de ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar à autoridade o lugar onde será encontrado. Intimem-se, pessoalmente, os autuados acerca das medidas cautelares impostas, advertindo-o de que, no caso de descumprimento de quaisquer uma dessas condições, poderá ser decretada sua prisão preventiva", disse o magistrado. 

De acordo com os autos à que a reportagem teve acesso. O suspeito é aposentado e tem vários problemas de saúde. Ao considerar a soltura, o juiz observou que o acusado é réu primário, com endereço fixo e emprego. Os advogados conseguiram algo inédito, pois, pelas justificativas é comum juízes negarem solturas nesses casos.  

O DONO DA DROGA 

Gilberto Duarte Gulhão é procurado pela polícia por tráfico. Foto: Reprodução
Gilberto Duarte Gulhão é procurado pela polícia por tráfico. Foto: Reprodução 


A Justiça, no revés, decretou a prisão de Gilberto Duarte Gulhão, de 36 anos. Ele é acusado de ser dono das 3 toneladas de maconha apreendidas. 

O silo da propriedade, localizada a 10 km da MS-156, que liga Amambai a Caarapó era usado por Gilberto. O suspeito já cumpriu pena por tráfico em São Paulo e MS. A polícia suspeita que ele seria o fornecedor de droga do Comando Vermelho. 

“Há indícios suficientes de autoria nos depoimentos testemunhais. Se trata de grande quantidade de droga (mais de 3 toneladas de maconha) e o indiciado registra antecedentes, inclusive por crime da mesma natureza”, afirmou o juiz durante audiência na tarde de hoje no Fórum de Amambai, ocasião em que José, ganhou liberdade.  

Gilberto está foragido.  

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