Morreu na noite desta segunda-feira (18), no Hospital da Vida, em Dourados, Gabriel Nogueira da Silva Mattos, de 27 anos, assassino confesso do médico Edivandro Gil Braz, 54 anos. Ele havia sido transferido do hospital de Itaporã, onde estava internado, após ser baleado em uma tentativa de fuga.
Gabriel chegou consciente e orientado, para ser submetido a uma cirurgia, mas antes de ser levado para o centro cirúrgico, começou a passar mal e acabou morrendo, antes mesmo de ser medicado.
O corpo de Gabriel será levado para o Imol (Instituto Médico Odontológico Legal), onde será submetido a exame de necropsia, para em seguida ser liberado para sepultamento.
Tentativa de fuga
Gabriel estava sendo levado para a cadeia da cidade de Itaporã e ao ser recolocado na viatura, tentou fugir e foi baleado por um policial que fazia parte da escolta.
Gabriel foi atingido na região da cintura e socorrido para o Hospital Municipal de Itaporã e posteriormente transferido para o Hospital da Vida em Dourados.
Prisão
Gabriel foi preso na manhã desta segunda-feira (18), por esfaquear e matar o médico Edvandro Gil Braz, que estava trabalhando em uma unidade de saúde, em Douradina. O médico chegou a ser socorrido por uma equipe da CCRMS Via, concessionária que administra a BR-163, foi encaminhado para o Hospital do Coração, em Dourados, mas morreu ao dar entrada na unidade.
Após o crime, Gabriel furtou uma bicicleta na unidade de saúde e tentou fugir da cidade. Ele foi preciso em uma estrada que liga Douradina ao distrito de Bocajá, onde iria se esconder das autoridades. Ele foi capturado e encaminhado a delegacia do município.
Segundo informações, a unidade da CCR foi acionada devido ao preparo da ambulância para casos mais graves. O médico morreu logo após dar entrada no hospital, onde já chegou recebendo uma massagem cardíaca dentro da unidade de resgate.
Além da ambulância da CCRMS Via, uma ambulância pertencente a prefeitura de Douradina acompanhou a unidade até a cidade vizinha.
Suposta gravidez – Com longo histórico de uso de drogas, Gabriel teria dito à irmã, nesse domingo (17), que mataria o médico. Ele alega que a tempos atrás, a sua então companheira teria sido atendida por Edvandro Braz com dores nas costas.
O médico teria receitado medicação para problemas renais. Dias depois, a mulher teria sofrido um aborto espontâneo. Segundo a versão de Gabriel, no atendimento, a mulher não relatou estar grávida, pois nem ela sabia da suposta gravidez.
Conforme o delegado Dermeval Inácio Neto, responsável pelas investigações, Edvandro Braz era médico concursado do município há 16 anos. O policial informou que os prontuários dos pacientes estão sendo analisados, mas até agora a história contada por Gabriel não foi confirmada.