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Sábado, 22 de novembro de 2025

Dez policiais penais são afastados após denúncia de agressões a preso por agredir namorada em elevador

Ex-atleta Igor Cabral relata tortura dentro de cela; investigação corre sob sigilo.

19 de nov 2025 - 15h:30 Créditos: Redação, com informações do Midiamax
Crédito: Reprodução

Dez policiais penais foram afastados das funções no Rio Grande do Norte após serem suspeitos de agredir o ex-atleta Igor Eduardo Cabral, preso por tentar matar a então namorada com mais de 60 socos. A medida atende a uma decisão judicial.

Os agentes atuavam na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, onde Cabral permanece detido por tentativa de feminicídio contra Juliana Soares. Conforme a SEAP (Secretaria de Administração Penitenciária), os servidores foram temporariamente realocados para o Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, “em razão da necessidade do serviço público”.

A pasta informou, em nota, que todos os dez policiais são investigados em um procedimento sigiloso. O órgão afirmou colaborar integralmente com as autoridades e cumprir todas as medidas determinadas pela Justiça.

 

Denúncias de agressão

As supostas agressões vieram à tona em agosto, quando Cabral relatou ter sido colocado nu e algemado em uma cela isolada, onde teria recebido murros, chutes, cotoveladas e jatos de spray de pimenta. Ele afirma que ouviu ameaças, entre elas a de que teria “chegado ao inferno” e que sua comida poderia ser envenenada. Segundo o preso, policiais ainda teriam lhe entregue um lençol com a orientação para “se matar”.

Após o relato, Cabral foi levado à delegacia para registrar boletim de ocorrência. A secretaria confirmou, à época, que havia recebido a denúncia e abriu investigação interna.

 

Relembre o caso

O crime que levou Igor Cabral à prisão ocorreu no fim de julho, quando câmeras de segurança registraram a sequência de aproximadamente 61 golpes desferidos dentro de um elevador contra Juliana Soares. A vítima caiu desacordada e sofreu múltiplas fraturas no rosto, precisando passar por cirurgia reconstrutiva.
O porteiro do prédio acionou a polícia, que prendeu o ex-atleta em flagrante. Ele alegou claustrofobia como justificativa para o ataque.

Em entrevista concedida posteriormente, Juliana afirmou que a violência foi uma tentativa de assassinato. “Ele disse: ‘então você vai morrer’, e começou a me bater. Eu resisti; ele falhou no plano dele”, declarou.

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