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Sábado, 06 de dezembro de 2025

Feminicida segue foragido, um ano após executar ex-mulher e namorado

Investigações apontam que Flávio Saad pode ter mudado visual para fugir da polícia.

19 de nov 2025 - 14h:29 Créditos: Redação
Crédito: Divulgação/Polícia Civil

Mais de um ano após o feminicídio de Ana Cláudia Rodrigues Marques, de 44 anos, e do assassinato de seu companheiro, Carlos Augusto Pereira de Souza, 49, o principal suspeito, Flávio Saad — ex-marido de Ana — continua foragido. A Polícia Civil voltou a divulgar imagens atualizadas do procurado, que pode ter alterado a aparência para dificultar a identificação.

O crime ocorreu na madrugada de 11 de novembro do ano passado, no bairro Coophatrabalho, em Campo Grande. Após executar o casal a tiros, Flávio fugiu e foi registrado por câmeras de segurança. Nos dias seguintes, a polícia bloqueou suas contas bancárias e divulgou cartazes com sua foto, mas o autor nunca foi localizado.

Nesta quarta-feira (19), novas imagens foram liberadas pela Polícia Civil. Investigadores acreditam que o suspeito pode ter deixado a barba crescer, adotado bigode e até cavanhaque. A corporação reforçou o pedido para que qualquer informação sobre o paradeiro do fugitivo seja repassada anonimamente pelo telefone (67) 99273-6024.

 

Relembre o caso

 

Antes de abrir fogo contra as vítimas, Flávio teria dito a frase: “É isso que talarico merece”, segundo apuração policial. O enteado de Ana relatou que dormia quando ouviu mais de dez disparos e gritos de socorro. Ele se escondeu no quarto enquanto a violência acontecia.

Ana foi encontrada caída no corredor da casa, enquanto Carlos estava no banheiro da suíte. O autor já havia deixado o local quando as equipes do Batalhão de Choque chegaram.

Durante as buscas, câmeras de uma residência registraram Flávio indo e voltando da cena do crime. As imagens foram mostradas ao filho do suspeito, que reconheceu o pai. Na residência onde o autor morava, a polícia encontrou cápsulas e grande quantidade de munições de calibres diversos, além de revólveres, incluindo um .357.

 

Família cobra justiça

 

Familiares de Ana se manifestaram em fevereiro deste ano durante um ato que pedia justiça pela morte da jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio. O cunhado de Ana, Atilan Dias Camargo, relembrou que o caso da parente permanece sem solução.

“Ele invadiu a casa e matou os dois de forma fria, descarregando a arma. A cada notícia de violência contra mulheres, revivemos aquela noite”, afirmou.
A família relatou que o sofrimento se intensifica pelo fato de o autor seguir livre após mais de um ano de investigações.

A Polícia Civil mantém diligências em andamento e reforça que qualquer denúncia pode ser decisiva para localizar Flávio Saad.

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