Decisão norte-americana marca um grande contratempo para o Estado ucraniano, visto que Berlim declarou nesta semana que só encaminharia seus tanques Leopard para Kiev se os EUA enviassem os Abrams.
Nesta quinta-feira (19), a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, disse que os Estados Unidos chegaram à conclusão de que não faz sentido fornecer tanques Abrams à Ucrânia, uma vez que sua manutenção requer altos custos.
“[Pela] manutenção e o alto custo que seria necessário para manter [tanques] Abrams, não faz sentido fornecer isso aos ucranianos neste momento”, disse Singh durante uma coletiva de imprensa.
Ao mesmo tempo, a vice-secretária comunicou que um novo pacote de assistência militar para a Ucrânia é esperado em breve, entretanto, o Departamento de Defesa “ainda não está pronto para anunciá-lo”.
“Não tenho nada a anunciar aqui hoje [19]. Devemos esperar outro pacote de segurança em breve”, disse Singh.
No entanto, a AP News informou ontem (18), citando autoridades norte-americanas, que o novo pacote de ajuda seria avaliado em US$ 2,6 bilhões (R$ 13, 4 bilhões).
Militar do Exército dos EUA sinaliza o caminho para um tanque M1A2 Abrams no Terminal de Contentores do Báltico em Gdynia, Polônia, EUA, 3 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.01.2023
Operação militar especial russa
A decisão de Washington sobre os tanques Abrams marca um ponto de revés para o Estado ucraniano, já que a Alemanha condicionou o envio de tanques Leopard à Ucrânia se os EUA enviassem os Abrams.
Hoje (19) mais cedo, ao realizar conferência de imprensa conjunta com presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, criticou a estratégia de Berlim de só enviar os tanques caso outro país o fizesse.
“Há momentos em que não devemos hesitar ou não devemos comparar. Quando alguém diz ‘eu darei tanques se alguém também compartilhar tanques’, não acho que essa seja a estratégia certa a seguir”, afirmou Zelensky, conforme noticiado.
Na coletiva, Zelensky também ressaltou a intenção de recuperar a Crimeia, que foi reintegrada pela Rússia em 2014, ao pedir a seus parceiros ocidentais que lhe forneçam mais armamento.