Um herói quase anônimo — ao menos se comparado a outros nomes com os quais trabalhou, como Bill Gates e Steve Jobs —, mas de enorme contribuição à informática. O cientista da computação Larry Tesler, que inventou os comandos de "copiar, "cortar" e "colar", morreu na última segunda-feira (17/02). Ele tinha 74 anos, e a causa do óbito não foi revelada.
O cientista era reconhecido por seu esforço de tornar os programas e interfaces mais acessíveis aos usuários. Além de inventar os comandos de texto fundamentais até hoje, ele defendia que os softwares deveriam ter uma base comum de comandos, de modo que, na maioria deles, uma mesma operação produzisse o mesmo resultado.
Ao longo da carreira, Larry trabalhou em gigantes como Apple, Amazon, Yahoo e Xerox. Ele nasceu em 1945 em Nova York, nos Estados Unidos, e atuou neste mercado desde que com se formou em ciência da computação na Universidade de Stanford, na Califórnia.
Tesler chegou a ocupar o posto de cientista-chefe da Apple, onde trabalhou por 17 anos. Lá, ele ajudou a fundar a ARM, fabricante de chips que domina o mercado até hoje. Ele deixou a empresa de Steve Jobs em 1997.
No Centro de Pesquisas de Palo Alto (PARC), da Xerox, onde trabalhou de 1973 a 1980, ele desenvolveu a primeira interface baseada em movimentos do mouse, o que abriu caminho para a revolução liderada pelo Windows. Também neste período, criou o Gypsy, o primeiro programa processador de texto a contar com as funções de remover, replicar e reposicionar e que cunhou os termos "recortar", "copiar" e "colar", baseados na edição de jornais à moda antiga.