Neste ano o que mais aumentou foi os valores dos combustíveis e da energia elétrica, o que representa 5% no orçamento da família.
Porém o grande impacto é a alta do diesel, pois acaba afetando a vida dos caminhoneiros e com isso os produtos que são entregues pelos caminhões ficam também mais caros.
"Para cada 1% de aumento na gasolina, a inflação ao consumidor avança 0,05 ponto percentual. [...] O diesel já tem efeitos indiretos e pode encarecer o frete dos veículos que levam mercadorias para os grandes centros urbanos. Então, uma alta faz a gente pagar mais caro por produtos de feira e vários industrializados", ressalta André Braz, economista do IBRE/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
Em janeiro a bandeira tarifária estava na amarela, ou seja, para cada 100 quilowatts hora consumidos, terão que pagar R$ 1,50 a mais.
“É importante que chova onde estão localizados os reservatórios, o que não está acontecendo no momento e provoca uma escassez de água que provoca o aumento no preço da energia. Se até o final do verão a bandeira tarifária se normalizar, a bandeira tarifária fica neutro, mas isso está longe de acontecer”, lamenta Braz.
"À medida que o mundo, gradualmente, controla a covid-19 e melhora seu prognóstico de crescimento, o preço de várias commodities, como milho, soja, trigo, alumínio, minério de ferro, entre outros, começa a subir, refletindo o aquecimento do mundo, o que influencia o resultado do índice geral de preços", afirma o economista.