Menu
Sexta, 29 de março de 2024

China diminui compras de soja no Brasil

Já os chineses elevam a importação dos EUA

20 de abr 2021 - 11h:06 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

As importações de soja pela China junto ao Brasil recuaram em março com a chuva atrasando alguns embarques do principal exportador, mas as compras nos Estados Unidos dispararam e aumentaram mais de quatro vezes com a chegada de carregamentos atrasados, atingindo o maior total mensal desde dezembro de 2016.

A China, maior importadora global de soja, importou 315.334 toneladas do Brasil em março, queda de 85% frente as 2,1 milhões de toneladas no mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.

As importações do Brasil foram às menores desde janeiro de 2017, segundo registros da Reuters com os dados da alfândega.

A China importou 7,18 milhões de toneladas de soja dos EUA em março, alta de 320% frente a 1,7 milhão de toneladas no mesmo mês do ano passado.  

Os dados desta terça-feira (20) foram os primeiros com separação por origem da soja desde que a China publicou números mostrando que as importações de soja em março cresceram 82%, para 7,7 milhões de toneladas.

"Boa parte disso parece que se deve a atrasos que afetaram o momento de chegada dos embarques dos EUA", disse Darin Friedrichs, analista da StoneX.  

"Alguns dos carregamentos poderiam ter chegado antes, mas não foram realmente descarregados até março”.  

A China tem aumentado compras de produtos agrícolas e outros dos EUA após os dois lados terem assinado um acordo comercial inicial em janeiro passado.  

Porém, os compradores de soja se voltaram mais para os EUA do que o usual em 2021, uma vez que chuvas no Brasil atrasaram a colheita e as exportações.

Processadores chineses importam os grãos para esmagamento e produção de farelo de soja para ração e fabricação de cozinha.

Eles haviam aumentado compras de soja por expectativa de forte demanda em meio à recuperação do rebanho suíno chinês.

Mas uma severa onda de casos de peste suína africana nos últimos meses dizimou ao menos 20% do rebanho de fêmeas no norte da China, conforme algumas estimativas, reduzindo a demanda por farelo de soja.

O aumento no uso de trigo para ração também segurou a demanda por farelo de soja.  


Deixe um comentário


Leia Também

Veja mais Notícias