A Polícia Civil de São Paulo encontrou, nos fundos de uma chácara, no interior de São Paulo, um depósito de armas com fuzis, espingardas, silenciadores, munição e três metralhadoras. Segundo os investigadores, o espaço foi usado pelo grupo que atacou uma transportadora de valores e aterrorizou moradores da cidade de Guarapuava, no Paraná, na noite do domingo (17).
O arsenal estava escondido em um forro, entre o telhado e a laje do imóvel. Entre os armamentos encontrados no terreno, estava uma arma com mira telescópica e poder para derrubar até aviões. O objeto estava escondido no forro de um galpão.
O imóvel está localizado em Araçariguama, a 50 km da capital paulista. Foram encontrados ainda coletes à prova de balas e roupas falsas da polícia de São Paulo e da Paraíba.
Os investigadores acreditam que o grupo usou o material em ataques de diferentes estados do país. Segundo a polícia, a chácara pertence a um integrante do grupo que comandou o ataque em Guarapuava, no Paraná.
O homem é procurado pela polícia desde 2016, quando teve autorização para uma saída temporária e não voltou mais à unidade prisional em que cumpria pena.
Nas imagens compartilhadas nas redes sociais é possível ouvir tiros disparados. Veículos foram incendiados no meio das ruas da cidade, que teve diversas vias bloqueadas. "Houve ataque à base da Proforte em Guarapuava. Orientamos a população para que se abrigue em casa", relatou a PM.
Equipes de apoio da PM de cidades vizinhas, inclusive Curitiba, foram acionadas e se dirigiram a Guarapuava — a maior da região. Moradores, no entanto, afirmam que os homens fugiram antes da chegada do reforço dos militares.
O assalto teve início perto das 23h e é semelhante ao roubo registrado em Criciúma (SC) em dezembro de 2020, com veículos incendiados, muitos tiros e reféns. As ações, que vêm sendo chamadas de “novo cangaço”, aterrorizam cidades de pequeno e médio portes e se aproveitam dos gargalos da estrutura policial para roubar altas quantias de dinheiro e espalhar terror.