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Sexta, 05 de julho de 2024

'Senti que tinha que fazer alguma coisa', diz homem que ficou cara a cara e conteve assassino em colégio de Cambé.

Ele contou que trabalhava ao lado da escola quando ouviu os disparos e pessoas correndo. O assassino, um ex-aluno da instituição, está preso..

20 de jun 2023 - 08h:45 Créditos: G1
Crédito: Divulgação

O prestador de serviços Joel de Oliveira, 62 anos, foi o responsável por conter o assassino de 21 anos que matou Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto, de 16 anos, estudantes do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do estado.


Ele contou que trabalhava ao lado da escola quando ouviu os disparos e pessoas correndo. O assassino, um ex-aluno da instituição, está preso. 


"Eu escutei os tiros e me dirigi até o colégio. Chegando aqui no portão do Kolody, eu ouvi o tiro lá dentro, eu entrei ali e vi o que podia fazer pra salvar as crianças, porque tava todo mundo correndo, aí senti que tinha que fazer alguma coisa", contou.


Karoline morreu no colégio, logo após o suspeito invadir o local e fazer os disparos. Ela foi atingida com um tiro na cabeça.

Luan, namorado de Karoline, também foi atingido na cabeça. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para o hospital, mas não resistiu e morreu na madrugada desta terça-feira (20).


Joel disse que era policial


De acordo com Joel, não havia ninguém no portão da escola, apenas estudantes correndo para fora, tentando escapar.

Ao entrar na escola, ele disse que avistou o assassino atirando contra uma vidraça. Os dois se encontraram no corredor. Segundo Joel, ele se apresentou ao assassino como policial.


"Falei: 'sou policial, para'. Aí consegui dominar ele lá, deitei ele no chão e segurei até a polícia chegar. Não tive medo, na hora eu vim tentar salvar mais crianças", disse.



Joel relatou, ainda, que estava com o celular na mão e acha que o criminoso pensou que fosse uma arma.


'Guiado por Deus'


Joel contou que sentiu ser guiado por Deus, porque entrou na direção correta, onde estava o assassino.

Funcionárias da escola agradeceram seu Joel pelo ato.


"Elas falaram que fui guiado por Deus, me agradeceram muito, porque a tragédia podia ser maior, né? O rapaz estava com muita munição e podia, em qualquer momento, atirar em todo mundo ali. Disseram que fui muito corajoso, que Deus guiou", contou.


Após os disparos, a Polícia Militar (PM-PR) foi acionada e chegou ao local poucos minutos depois.


Segundo a PM, foram apreendidos com o assassino uma machadinha, carregadores de revólver e a arma usada no crime.

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