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Sábado, 21 de dezembro de 2024

Com 34 ações por reter dinheiro e falsificar documentos, advogado é condenado

Agnaldo Florenciano intermediou a venda de imóvel de herança

20 de dez 2024 - 16h:29 Créditos: Campo Grande News
Crédito: (Reprodução)

Com ao menos 34 processos por apropriação indébita ou falsificação de documentos, o advogado Agnaldo Florenciano, com atuação maior em Dourados, coleciona casos na Justiça, mas em que ele é o réu. Ele, inclusive, foi beneficiado, em 2022, com a suspensão de processo por uso de documento falso, mas voltou a cometer o ilícito este ano e o perdeu.

Documentos encaminhados ao Campo Grande News mostram três casos denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul à Justiça estadual, sendo o primeiro de 2019, após inquérito aberto para investigar a apropriação de R$ 9.793,89 de cliente que o contratou para defendê-la em ação contra uma universidade do Estado.

Nesse caso, ele alegou que o montante seria de apenas R$ 1.474,71 e ainda que a cliente não lhe teria pago o valor devido aos serviços advocatícios. Na sentença, essa alegação não foi aceita, e o entendimento foi de que “certo é que o advogado não teria direito a reter a integralidade do valor de propriedade da vítima, tal como o fez, valendo-se de sua profissão para tanto”.

Documentos encaminhados ao Campo Grande News mostram três casos denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul à Justiça estadual, sendo o primeiro de 2019, após inquérito aberto para investigar a apropriação de R$ 9.793,89 de cliente que o contratou para defendê-la em ação contra uma universidade do Estado.

Nesse caso, ele alegou que o montante seria de apenas R$ 1.474,71 e ainda que a cliente não lhe teria pago o valor devido aos serviços advocatícios. Na sentença, essa alegação não foi aceita, e o entendimento foi de que “certo é que o advogado não teria direito a reter a integralidade do valor de propriedade da vítima, tal como o fez, valendo-se de sua profissão para tanto”.

Já na última de três ações verificadas pela reportagem, a denúncia do MP é de que o advogado se apropriou de R$ 8.049,80 de cliente que o contratou para promover o ajuizamento de uma ação de cobrança contra o município de Dourados. No último dia 2 de dezembro foi encaminhada notificação a ele para responder à acusação. Não há sentença.

A reportagem entrou em contato no número de telefone do advogado que aparece em processos recentes, mas a pessoa que respondeu às mensagens disse não ser Agnaldo. Também houve tentativa de ligação, mas as duas não foram atendidas.

Em pesquisa no Diário Oficial da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso do Sul), a reportagem identificou que entre 18 de julho e 16 de agosto de 2022, o advogado ficou suspenso de exercer a advocacia “até a prestação de contas com o cliente”. Em 25 de julho ele apresentou quitação e foram suspensos os efeitos da sanção disciplinar.

Edição: Pedro Lopes

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