O programa de incentivo à redução do consumo de energia elétrica, criado em meio à crise hídrica do ano passado, resultou em um bônus total de R$ 2,4 bilhões aos consumidores, segundo comunicado divulgado pelo Ministério de Minas e Energia na quinta-feira à noite.
Os consumidores residenciais que conseguiram reduzir seu consumo entre os meses de setembro e dezembro receberão um crédito na conta de luz de janeiro.
Segundo o ministério, a iniciativa do governo gerou uma economia de 5,6 milhões de megawatts-hora (MWh) no período, o equivalente ao consumo anual do Estado da Paraíba ou do Rio Grande do Norte. Esse volume de energia também seria suficiente para abastecer 32,8 milhões de famílias por mês, acrescentou.
Em benefícios econômicos indiretos, estima-se que o programa de redução voluntária do consumo tenha gerado uma economia de R$ 9,6 bilhões, quatro vezes o valor total do bônus. O cálculo foi feito com base no custo da usina mais cara despachada no fim do ano, de R$ 2,5 mil por MWh, que poderia ter sido acionada na ausência do programa.
Considerando esses custos indiretos, o governo estimou ainda que houve uma economia de no mínimo 4,5% na tarifa do consumidor residencial.