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Sábado, 22 de fevereiro de 2025

Jovem fica tetraplégica após levar garrafada em bar e pede por eutanásia: 'Não é vida'

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21 de fev 2025 - 09h:44 Créditos: nsc
Crédito: Jovem foi atacada quando tinha 17 anos (Foto: Redes sociais, Reprodução)

A vida de Erika Yanira Morales, uma jovem de 20 anos residente de Pasto, na Colômbia, mudou drasticamente em 2021, quando sofreu um violento ataque em um bar. Desde então, ela enfrenta as sequelas de um grave acidente que a levou a solicitar a eutanásia. Durante uma transmissão ao vivo no Facebook, sua irmã, Tatiana Morales, compartilhou detalhes da tragédia que impactou a família. Erika, então com 17 anos, foi atingida na cabeça por uma garrafa durante uma briga no bar, resultando em múltiplos derrames cerebrais e incapacidades irreversíveis, segundo o jornal El Tiempo.

Desde o incidente, Erika se tornou tetraplégica, exigindo cuidados constantes. Sua mãe assumiu a responsabilidade integral por sua assistência, levando-a a consultas médicas e arcando com despesas hospitalares, como aluguel, fraldas e medicamentos. "Precisamos pedir ajuda para conseguir pagar o aluguel e outras necessidades", relatou Tatiana.

Os médicos nunca ofereceram esperança de recuperação e alertaram que a condição de Erika poderia piorar a qualquer momento. Sem conseguir falar, a jovem se comunica através de um alfabeto adaptado. Além disso, a necessidade de enfermeiras particulares e serviços médicos especializados tem aumentado a dificuldade da família.

O atendimento médico prestado à jovem tem sido alvo de críticas. Segundo Tatiana, a unidade de saúde atual oferece um serviço inadequado, agravando ainda mais a situação de Erika. Com o passar do tempo, ela perdeu peso rapidamente e desenvolveu úlcera por pressão. "Ela me pede para encontrar alguém que possa ajudá-la com o que precisa, e, no momento, não é dinheiro", disse Tatiana.

Em uma carta, Erika expressou seu sofrimento e cansaço: "Praticamente vivo graças à respiração mecânica. Estou cansada de depender dos outros", escreveu. Diante da dor constante e das limitações, ela pediu à sua mãe e irmã que buscassem a eutanásia. "Ela não aguenta mais a dor. Está muito magra, seu corpo não tolera mais alimentação", explicou Tatiana.

No entanto, o pedido foi negado pela EPS Emssanar porque foi feito por sua mãe e não diretamente por Erika. Atualmente, a jovem está sob os cuidados da mãe, já que os auxiliares de enfermagem fornecidos pelo sistema de saúde apenas a atendem dez vezes por mês, quando a família considera necessário um suporte diário. "Minha irmã está sob cuidados inadequados. Não enviam profissionais capacitados para atendê-la", denunciou Tatiana.

A legislação colombiana garante o direito à morte digna, permitindo que pessoas em sofrimento extremo, devido a doença incurável ou grave lesão, possam solicitar a eutanásia. Segundo o Ministério da Justiça, um paciente maior de idade, que sofra de sofrimento físico ou psíquico intenso, pode fazer esse pedido a seu médico, desde que seu consentimento seja livre e informado.

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