Falta menos de um mês para a Páscoa, evento de grande conexão emocional com os brasileiros. Do ponto de vista afetivo, fica atrás somente do Natal, Dia das Mães e aniversários. Em relação às vendas, é a sexta data mais importante do varejo. E, no caso específico do comércio de chocolates, nada supera esse período, que, segundo empresas do setor, chega a representar 20% do faturamento anual.
A celebração em 2022 terá gosto de reencontro. Com o avanço da vacinação e a queda do número de casos de Covid-19, a expectativa é que a data volte a ser compartilhada pelas famílias, que poderão se reunir em segurança para as festividades da Semana Santa depois de dois anos de restrições impostas pela pandemia.
O simbolismo do feriado este ano ajuda a explicar o otimismo do mercado. Apesar da inflação em alta e dos juros elevados, que prejudicam o poder de compra da população, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acredita que o consumidor manterá o costume de adquirir chocolate e projeta para 2022 um faturamento superior ao dos últimos anos. A Lacta, marca líder no país, espera um aumento de 10% nas vendas.
A aposta é que o e-commerce, que ganhou força durante a pandemia, seguirá em alta nesta Páscoa. No feriado do ano passado, o comércio de chocolate pela internet – incluindo ovos, tabletes e bombons – cresceu quase 20x em número de pedidos e 15x em termos de faturamento na comparação com 2019, antes da chegada da Covid. Os dados são da Neotrust, que monitora o varejo on-line brasileiro.