Pequim, China -- A China acusou nesta 6ª feira (21.abr) os Estados Unidos de "coerção econômica" e "assédio tecnológico", em resposta à possibilidade de Washington voltar a restringir os investimentos americanos em algumas áreas consideradas sensíveis, em plena rivalidade com Pequim.
Em nome da segurança nacional, Washington colocou empresas chinesas em sua lista negativa nos últimos anos para mantê-las fora das cadeias de fornecimento de tecnologias americanas.
Essas medidas foram reforçadas nas últimas semanas com restrições à exportação de semicondutores.
Segundo relatos da imprensa, o governo do presidente Joe Biden está considerando restringir os investimentos dos EUA na China no setor de tecnologia.
A China criticou a medida nesta 6ªfeira.
"Sob o pretexto da segurança nacional, os Estados Unidos estão acostumados a politizar, instrumentalizar e armar os assuntos econômicos, comerciais e tecnológicos", disse Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia chinesa.
"É pura e simples coerção econômica e intimidação tecnológica", lamentou em entrevista coletiva.
A China, que busca se tornar autônoma na fabricação de semicondutores, acredita que essas medidas visam manter a supremacia dos EUA nesse campo, algo que Washington nega.
"Essas ações de segurança nacional não são projetadas para nos permitir obter uma vantagem econômica competitiva ou sufocar a modernização econômica e tecnológica da China", disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, na quinta-feira.
"Embora essas políticas possam ter um impacto econômico, elas são motivadas por simples considerações de segurança nacional", insistiu.
Washington anunciou novos controles de exportação em outubro de 2022 para limitar a compra e fabricação de chips de ponta por Pequim "usados para aplicações militares".
Diante dessas restrições, a China iniciou um processo junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).