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Quinta, 21 de novembro de 2024

MS avança na colheita da safrinha de milho e pode se consolidar como grande produtor nacional do grão

O boletim de acompanhamento de safra foi desenvolvido após levantamento realizado nas regiões Norte, Centro e Sul do estado

21 de jul 2022 - 09h:55 Créditos: Correio do Estado
Crédito: Correio do Estado

Mato Grosso do Sul terá uma boa colheita de milho, e a expectativa é de que o estado se consolide como um grande produtor do grão a nível nacional.

A estimativa é de Jaime Verruck, secretário de Estado da Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), com base em uma pesquisa realizada pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio Integrado (SIGA) ligado à Semagro, em parceria com a Aprosoja-MS e a Famasul.  

“Os dados refletem primeiro que o Mato Grosso do Sul está se consolidando aí um grande produtor de milho no País. Está hoje na quarta, quinta posição no ranking nacional. Então acho que a safra está refletindo na consolidação da chamada safrinha no Mato Grosso do Sul, que é a nossa segunda safra de milho”, destacou o secretário.

O boletim de acompanhamento de safra foi desenvolvido após levantamento realizado nas regiões Norte, Centro e Sul do estado. Os técnicos consultaram produtores, sindicatos rurais e empresas de assistência técnica dos municípios.

Dados divulgados nesta quarta-feira (20) referentes ao último dia 15 mostram que a área de milho colhida na 2ª safra estava mais adiantada na região norte, com média de 40,6%. Na região central, o índice é de 15,6%. A região sul possui o menor índice, de 5,81%.

Até o momento, a área colhida no período 2021/22 é de aproximadamente 243.024 hectares, número 11,3% maior do que a área de safra colhida no período anterior (2020/21).

A previsão é de que a 2ª safra de milho de 2021/22 chegue a 1.992 milhão de hectares, área 12,6% menor do que a da 2ª safra do período anterior (2020/21)

A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, e a expectativa é que 9,34 milhões de toneladas sejam produzidas.

Jaime Verruck também destacou o interesse de investidores que necessitam do milho, associado ao crescimento das produções de aves e suínos - que se alimentam de rações à base de milho - e a produção de etanol a partir do milho.

“Mato Grosso do Sul realmente despertou interesse de investidores que têm a necessidade do milho. Outro ponto é que o Estado também tem sido exportador de milho para outros países e também um vendedor principalmente para São Paulo e Paraná que tem aí uma base de produção de proteína animal bastante significativa”, acrescentou.

O secretário reforçou que existia uma expectativa de plantio maior do que a área de 1,9 milhão de hectares.

“Inicialmente a expectativa era que nós teríamos uma área plantada maior. Esse ano isso não aconteceu em função das condições climáticas do ano passado, que foram seríssimas. Mas neste ano, por mais que a gente tenha alguns efeitos climáticos, a safra tem sinalizado positivamente. Estimamos produção acima de 9 milhões de toneladas, quer dizer, uma safra boa. Com algumas perdas localizadas em termos de produtividade, mas acreditamos que iremos consolidar o Estado com uma boa produção esse ano”, comenta.

De acordo com a análise dos técnicos do SIGA, a média climatológica e a previsão probabilística acumulada para o trimestre de julho-agosto-setembro mostra que as chuvas variam entre 50 a 300 mm, em grande parte do estado do Mato Grosso do Sul. De acordo com os modelos climáticos, a previsão mostra uma tendência de que as chuvas ficarão entre 40 a 50% abaixo da média climatológica.

As geadas ocorridas entre os meses de maio e junho não afetaram significativamente a produção, portanto a estimativa inicial se mantém na produtividade.

A partir do dia 15 de julho, a cultura passou de sua fase de risco, com bom desenvolvimento e os danos da geada não provocaram perdas significativas.

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